Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Alvo da PF, secretário do Amazonas alerta para politização da pandemia e pede reação de gestores estaduais
Campêlo afirmou que estava viajando durante operação e deixou grupo de aplicativo de secretários
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Alvo de operação da Polícia Federal nesta quarta-feira (2), o secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, enviou mensagem em grupo de aplicativo de gestores estaduais na qual alerta para a politização da pandemia e diz que é necessário que reajam de alguma forma.
Ele faz parte do governo Wilson Lima (PSC), aliado do presidente Jair Bolsonaro. A PF cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do governador.
Campêlo não foi encontrado pela PF, que o buscava com um mandado de prisão temporária. Segundo o site G1, ele foi procurado em três endereços. Os agentes também fizeram buscas na sede do governo estadual.
Na mensagem aos outros secretários de Saúde, ele diz que estava em viagem. Depois de publicá-la, deixou o grupo.
"Senhores, estava em viagem quando recebi a notícia de uma operação da PF em Manaus. Estou retomando agora para lá. De modo a manter a integridade deste grupo, sairei e aguardarei lá os próximos passos. Deixo o alerta quanto a politização da pandemia, com intenção de mandar a conta aos governos estaduais e especialmente aos secretários. Há de se fazer algo. Boa sorte e sucesso a todos!", escreveu Campêlo.
Em operação contra desvios de recursos para o combate à Covid-19, a PF cumpriu 25 mandados judiciais na manhã desta quarta-feira (2) em Manaus e em Porto Alegre, incluindo busca e apreensão na casa do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC).
Os contratos sob investigação foram firmados em janeiro deste ano, quando o Amazonas atravessava a segunda e mais mortífera onda de casos de Covid-19.
Os crimes em investigação são de fraude à licitação, peculato e pertencimento a organização criminosa. Se condenados, poderão cumprir pena de até 24 anos de reclusão, afirma a PF.
Um dos mandados foi realizado na casa do empresário Nilton Costa Lins Júnior, dono do hospital contratado temporariamente pelo governo do Amazonas para tratar pacientes com Covid-19. Os policiais foram recebidos a tiros, mas ele acabou preso.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters