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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Escolha por 19 de junho busca aproveitar embalo anti-Bolsonaro, mas não tem apoio unânime de centrais sindicais

CUT decidiu convocar para atos, mas Força Sindical diz que há tentativa de imposição de data

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A escolha do dia 19 de junho para as próximas mobilizações contra Jair Bolsonaro não teve o apoio unânime das centrais sindicais e é justificada pelas lideranças dos movimentos que encabeçam a campanha como uma forma de explorar a empolgação com os atos de 29 de maio.

A organização dos protestos é criticada por especialistas pela possibilidade de uma terceira onda da pandemia. A data, dizem as frentes, é justamente para aproveitar o período antes do agravamento.

O Brasil é o país que mais pesquisou sobre protestos e manifestações desde sábado (29). “Abriu-se uma janela para avançar o debate sobre impeachment”, afirma Guilherme Boulos (PSOL), da frente Povo Sem Medo.

João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do MST e membro da frente Brasil Popular, afirma que uma meta ambiciosa é expandir a mobilização de 250 para até 500 cidades, incluindo algumas de porte médio do interior como Londrina (PR) e Bauru (SP).

As centrais sindicais trataram do assunto nesta quarta-feira (2), mas não chegaram a um consenso sobre convocar ou não abertamente os atos. A CUT decidiu fazê-lo, como mostrou a Folha, mas a Força Sindical resiste à ideia. Foi marcada uma reunião para a próxima semana para debater uma solução.

“Os movimentos populares estão querendo impor uma data para as centrais. Isso é ruim. Não existem duas manifestações de uma semana para outra para conquistar a mesma coisa. A experiência sindical nos mostra isso. Tem que ter mais tempo”, diz João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força.

Ricardo Patah, presidente da UGT, afirma que a central é simpática à manifestação.

"Nossa tendência é apoiar toda e qualquer manifestação que mostre a indignação da nossa sociedade com um governo com cores fascistas, apologia à ditadura, e nós prezamos muito a liberdade e a vida", diz Patah. "Ou participamos todos juntos ou não participamos. Estamos [as centrais] muito unidos", completa.

"Estamos muito preocupados com a possibilidade de os atos aumentarem a propagação do coronavírus, que já matou quase 500 mil brasileiros por culpa desse governo genocida. Para quem desejar ir assim mesmo, recomendamos que sigam todos os protocolos sanitários: usem máscara PFF2, álcool em gel e mantenham distância de pelo menos dois metros. De uma forma ou de outra, todas as centrais vão continuar defendendo vacina para todos, auxílio de R$ 600 e 'Fora Bolsonaro'", diz Antonio Neto, presidente da CSB.

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