Editado por Guilherme Seto (interino), espaço traz notícias e bastidores da política. Com Catarina Scortecci e Danielle Brant
Tucanos da Prefeitura de SP e da Câmara criticam atuação de presidente municipal do PSDB
Para eles, declarações de Fernando Alfredo foram desrespeitosas; ele fala em diferença geracional
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Tucanos da Prefeitura de São Paulo e da Câmara Municipal têm se queixado do presidente do diretório paulistano, Fernando Alfredo.
Eles condenam o dirigente por manifestações públicas em que, segundo eles, desrespeitou senadores e vereadores. "O que fizeram os últimos senadores do PSDB pela população, o [José] Serra principalmente?", disse Alfredo em entrevista à Folha. Ele pleiteia a candidatura tucana ao Senado para o ano que vem.
"Bruno Covas nunca desrespeitaria Serra e Mara Gabrilli, e muito menos convocaria manifestação em meio à pandemia", afirma Fabio Lepique, secretário executivo da prefeitura. Alfredo e Lepique eram próximos de Bruno.
O presidente do PSDB encabeçou a decisão do diretório municipal do partido em aderir às manifestações contra Jair Bolsonaro no sábado (3).
Vereadores se aborreceram também com nota divulgada por Alfredo após reportagem de O Estado de S. Paulo tratar de suposto distanciamento entre eles e o prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Nela, Alfredo falava em "total e irrestrito apoio" a Nunes e que o PSDB tem responsabilidade com o legado de Bruno Covas (PSDB). Os vereadores entenderam como uma tentativa de mostrar que tinha autoridade sobre eles e não gostaram, ainda que ressaltem não existir problemas com o prefeito.
Segundo relatos, eles chamaram a atenção do presidente do diretório em reunião na terça-feira (6).
Alfredo diz que, em sua visão, o problema é de diferença geracional.
"Minha gestão [como presidente] apareceu muito. Isso gera muita ciumeira mesmo. Principalmente em quem não conseguiu fazer nada desde a fundação do partido. Se você comparar os números de nossa gestão à frente do diretório municipal com qualquer outra, são números avassaladores. O que incomoda a uma velha guarda que não quer passar o bastão", afirma.
Sobre a participação nas manifestações, diz que a decisão não foi exclusivamente dele, mas do diretório e da executiva do partido no município.
"O que acontece no PSDB é o seguinte: ninguém faz, aí quando alguém começa a fazer e aparecer, gera ciumeira. Você acha que vão aceitar alguém que vem da periferia, ascende na vida, consegue fazer no PSDB o que ninguém nunca conseguiu fazer? Com a morte do Bruno, as pessoas começam a colocar as garrinhas de fora", completa.
Em relação aos vereadores, Alfredo afirma que tem boa relação com a bancada e que não houve puxão de orelha no encontro de terça-feira (6).
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