Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Candidato, ex-secretário de Bolsonaro diz que eleitores têm 'barreira cognitiva'
Felipe Pedri, que disputa mandato de deputado, criou site para virar voto para o presidente
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Ex-secretário de Comunicação da Presidência e de Audiovisual no governo Jair Bolsonaro (PL), Felipe Pedri (PL-RS), montou uma página virtual de campanha com o que chama de operação "vira voto" (www.operacaoviravoto.com.br).
Atualmente candidato a deputado federal pelo PL gaúcho, ele afirma que a maior parte da população tem "barreiras cognitivas" para perceber as realizações da atual gestão.
"A grande maioria das pessoas que assistem às TVs, sobretudo as abertas, têm barreiras cognitivas em relação à percepção das realizações do governo, bem como da figura do presidente da República", afirma.
Isso se deve, segundo explica, a gatilhos emocionais como genocida, fascista, torturador e ditador, que compõem o "pacote de desumanização" de Bolsonaro.
Para destravá-las, prossegue, é importante iniciar todas as conversas afirmando que este é o melhor governo desde a redemocratização. A partir daí, apresentam-se os argumentos de três pilares estruturados por ele: honestidade, humanidade e gestão.
Na página, há vídeos sobre os principais nós da campanha, como a compra de 51 imóveis pela família Bolsonaro com dinheiro vivo.
O argumento preponderante é de que "moeda corrente" significa reais e não dinheiro vivo. Responsável pela reportagem, o portal UOL detalhou com base em documentos o uso de recursos em espécie, contudo.
Outro vídeo aborda a rejeição de Bolsonaro entre as mulheres. Nele, Pedri diz que o presidente estava defendendo as mulheres no dia em que empurrou e ameaçou a deputada Maria do Rosário (PT-RS), acrescentando que não a estupraria porque ela "não merece".
"Quem não lembra o embate histórico com a Maria do Rosário, onde a Maria do Rosário estava defendendo um estuprador e o presidente defendendo a pena capital para ele. Isso mostra um pouco da verdade sobre o presidente e a segurança das mulheres."
No início do mês, Pedri foi criticado por discípulos de Olavo de Carvalho, morto em janeiro, por ter batizado seu comitê com o nome do filósofo. Procurado, confirmou estar por trás da página e disse estar muito ocupado para responder.
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