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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Bolsonaro pede que TSE proíba Lula de usar vídeo em que fala de garotas venezuelanas

'É esse homem que diz defender a família?', diz peça publicada pelo petista

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São Paulo

A campanha de Jair Bolsonaro (PL) acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que o Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja proibido de utilizar trecho de vídeo em que o presidente fala sobre um encontro que teve com garotas venezuelanas.

A peça foi enviada à Corte neste domingo (16), antes da divulgação de vídeo produzido pela campanha de Lula que exibe trecho da entrevista do presidente na última sexta-feira (14), que será incluído na representação.

"É desespero, pois sabem que vão perder as eleições", diz Fabio Faria, ministro das Comunicações e um dos coordenadores da campanha do presidente Bolsonaro.

"Você que é mãe, você que é pai: veja só o que Bolsonaro falou sobre meninas de 14 anos", diz a peça de 30 segundos produzida pela campanha petista. "Pintou um clima? Com uma garota de 14 anos? É esse homem que diz defender a família?", diz a propaganda de Lula.

A peça dos advogados de Bolsonaro também menciona tuítes de Gleisi Hoffmann, presidente do PT, da deputada Maria do Rosario (PT-RS) e de André Janones (Avante-MG).

O vídeo da campanha de Lula e os tuítes fazem referência a relato feito por Bolsonaro de um encontro com adolescentes venezuelanas em que ele usou a expressão "pintou um clima".

Os advogados do presidente afirmam na ação que as declarações foram distorcidas e tiradas de contexto. Ao utilizar a expressão "pintou um clima", dizem, Bolsonaro quis "sugerir, em linguagem clara e direta, voltada para o povo, que as meninas, lamentavelmente, devido à penúria financeira de que são vítimas, com reflexos de degradação sexual, estariam à procura de possíveis clientes".

"'Pintou o clima' representa, nada mais nada menos que a expressão verbal, de cunho coloquial, de um momento de percepção de uma situação propiciatória de cuidado e de investigação", completa.

A campanha de Bolsonaro pede que o TSE obrigue Lula e seus aliados a apagarem menções ao vídeo com a entrevista do presidente e que os proíba de realizarem futuras postagens do vídeo. Os advogados também pedem que a exploração do material em propaganda de rádio ou televisão de Lula seja barrada, sob pena de cometimento de crime de desobediência e multa de R$ 500 mil para cada apresentação.

Bolsonaro em entrevista a um podcast nesta sexta-feira (14) - Reprodução

Os termos utilizados por Bolsonaro na entrevista para o canal Paparazzo Rubro-Negro ficaram entre os mais comentados e a expressão "Bolsonaro pedófilo" chegou a ser a mais usada no Twitter no sábado (15), após o trecho da entrevista ao podcast viralizar.

Como mostrou o Painel, neste domingo (16) a campanha do presidente pagou até R$ 166 mil para impulsionar três anúncios no Google que dizem que o presidente não é pedófilo.

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