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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Campanha de Bolsonaro impulsiona anúncios que dizem que presidente não é pedófilo

Iniciativa ocorre após repercussão de entrevista em que Bolsonaro diz que 'pintou' clima com adolescentes

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São Paulo e Brasília

A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) pagou até R$ 166 mil para impulsionar três anúncios no Google que dizem que o presidente não é pedófilo.

A iniciativa acontece após Bolsonaro fazer relato de um encontro com adolescentes venezuelanas em que usa a expressão "pintou um clima". Ele afirma que suas declarações foram distorcidas.

Os termos utilizados por Bolsonaro na entrevista para o canal Paparazzo Rubro-Negro ficaram entre os mais comentados e a expressão "Bolsonaro pedófilo" chegou a ser a mais usada no Twitter no sábado (15), após o trecho da entrevista ao podcast viralizar.

Anúncio impulsionado pela campanha de Bolsonaro diz que presidente não é pedófilo
Anúncio impulsionado pela campanha de Bolsonaro diz que presidente não é pedófilo - Reprodução

Os conteúdos pagos foram vistos mais de 20 milhões de vezes até a manhã deste domingo (16), segundo o canal de transparência do Google sobre anúncios eleitorais.

Dois dos anúncios do formato "gráfico" afirmam que "Bolsonaro NÃO é pedófilo" no título. Há ainda a seguinte legenda: "Bolsonaro não é pedófilo. Não acredite nas mentiras inventadas para te enganar".

As publicações que custaram até R$ 80 mil cada mostram a foto do presidente em uma cerimônia.

O terceiro anúncio, com custo de até R$ 6 mil, não apresenta imagem, mas repede o título "Bolsonaro NÃO é pedófilo". Afirma ainda, na legenda: "Mais uma fake news criada pela esquerda para enganar a população brasileira".

Os anúncios direcionam para páginas de apoio à campanha de Bolsonaro. Em uma delas, um texto diz que a fala do presidente foi alvo de distorção por parte de opositores e que ele quis dizer que havia algo de estranho na situação das adolescentes venezuelanas ao falar que "pintou um clima".

Os sites não foram registrados pela campanha de Bolsonaro no cadastro do candidato na Justiça Eleitoral, como manda a legislação.

A campanha do presidente Bolsonaro ainda promoveu no sábado (15) o site Lulaflix, criado para atacar Lula. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) já vetou que essa página seja impulsionada e mandou retirar dela vídeos sobre o "kit gay".

A legislação eleitoral proíbe o impulsionamento de conteúdo negativo sobre outros adversários políticos. Já as propagandas regulares pagas na internet devem conter a identificação da candidatura, entre outros pontos.

Em live na madrugada de domingo, Bolsonaro fez live em que acusou o PT de distorcer o que ele disse sobre o encontro com as adolescentes venezuelanas.

"O PT está tentando me desqualificar, distorceu, como se eu fosse uma pessoa que entrasse naquela casa com outros interesses".

Por 10 minutos, Bolsonaro repetiu diversas vezes a frase "o PT extrapolou (ultrapassou, passou) de todos os limites" e se mostrou inconformado com a reprodução das afirmações dadas em entrevista a um podcast que viralizou nas redes sociais, causou muita indignação e gerou comentários de repúdio de personalidades do meio político, cultural e de diversos setores da sociedade.

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