Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Aliados de Lula veem incoerência em cobrança da Defensoria sobre crise yanomami
Ofício enviado na semana passada é considerado parte da disputa interna no órgão
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Advogados alinhados ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enxergam a cobrança feita pela Defensoria Pública da União (DPU) por mais celeridade nas medidas para conter a crise dos yanomamis como um reflexo da mudança iminente no órgão.
No último dia 31 de janeiro, Lula retirou a indicação feita pelo governo Jair Bolsonaro (PL) da recondução do defensor público-geral da União para o cargo, Daniel Macedo. Ele é visto como sendo simpático ao bolsonarismo.
Como mostrou o Painel, a DPU encaminhou ao governo Lula um ofício no qual critica a demora em enviar aviões e pessoal para ajudar a controlar a crise dos yanomamis.
Entre aliados da gestão petista, o movimento foi visto com estranheza, pelo fato de Macedo não ter se manifestado com a mesma ênfase sobre a questão indígena no mandato anterior.
Um dos cotados para ser alçado ao posto de defensor público-geral é Igor Roque, chefe da DPU em Brasília. Ele conta com apoio, entre outros, do grupo jurídico Prerrogativas, alinhado ao atual governo.
Em nota, a Defensoria Pública da União afirmou que, "em diversas ocasiões nos últimos anos, diante da gravíssima situação de crise humanitária causada pelo garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, atuou de forma a alertar o governo federal e cobrar medidas urgentes e efetivas para garantir os direitos dessa população",
A DPU afirma ainda que "reconhece os importantes esforços que o atual governo federal tem envidado para reduzir os danos causados pelo garimpo ilegal ao povo Yanomami e Ye’kwana, intensificados pela omissão estrutural da gestão anterior, e entende que é preciso trabalhar de forma colaborativa para a resolução do problema".
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