Siga a folha

Editado por Guilherme Seto (interino), espaço traz notícias e bastidores da política. Com Danielle Brant

Ex-ministro de Bolsonaro não pretende devolver relógio de luxo doado pelo Qatar

Gilson Machado Neto reafirma decisão da Comissão de Ética da Presidência que liberou os itens

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

Um dos ministros de Jair Bolsonaro (PL) que receberam relógios de luxo do governo do Qatar durante viagem em outubro de 2019, Gilson Machado Neto, que comandava a pasta do Turismo, reafirma ao Painel a decisão da Comissão de Ética da Presidência de 2022 de que eles não precisariam devolver os itens, em indicativo de que pretende continuar com o item em sua posse.

Na última quarta-feira (1º), o Tribunal de Contas da União notificou a Comissão de Ética, disse que o recebimento de presentes caros extrapola "princípios da razoabilidade e da moralidade" pública e sugeriu a devolução dos objetos.

Gilson Machado Neto, ex-ministro de Jair Bolsonaro, durante evento de comemoração do dia nacional do forró - Pedro Ladeira-13.dez.2021/Folhapress

Procurado pela coluna para comentar a recomendação do TCU, Machado encaminhou mensagem que diz que a comissão de ética decidiu que ele não precisa devolver o objeto.

Osmar Terra e Ernesto Araújo, que então eram ministros da Cidadania e das Relações Internacionais, não responderam se pretendem devolver os relógios que ganharam.

Ex-secretário do Ministério da Economia, Caio Megale escreveu na segunda-feira (6) uma carta ao Ministério da Fazenda pedindo informações dos procedimentos que deverá adotar para abrir mão do objeto.

Relógio recebido por Caio Megale, ex-secretário e ex-diretor do Ministério da Economia - Arquivo pessoal/Folhapress

O tema dos presentes de alto valor a autoridades brasileiras entrou em evidência com a revelação em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo de que em outubro de 2021 um militar que assessorava o então ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) tentou desembarcar no Brasil com uma série de artigos de luxo na mochila, que supostamente seriam presentes do governo da Arábia Saudita a Jair Bolsonaro e à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Como os bens não haviam sido declarados, eles foram apreendidos pela Receita Federal, cuja equipe de auditores avaliou os itens em 3 milhões de euros (cerca de R$ 16,5 milhões).

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas