Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Relator de privatização da Sabesp diz que projeto é arrojado e 'tem tudo para vingar'
Barros Munhoz afirma que texto do governo Tarcísio não é vago e já é suficiente para discussão na Alesp
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Relator do projeto de privatização da Sabesp na Assembleia Legislativa de São Paulo, o deputado Barros Munhoz (PSDB) dá a entender que não irá causar problemas ou atraso para a iniciativa do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).
O projeto, segundo ele, é "arrojado, inovador e tem tudo para vingar".
Ex-presidente e um dos membros mais experientes da Casa, Munhoz afirma que, diferentemente do que tem dito a oposição, o projeto enviado pela gestão estadual não é vago e deve, sim, ser votado até o fim do ano.
"A Sabesp tem conceito, tradição, história, e precisamos adequar tudo isso à realidade dos dias de hoje", afirma Munhoz ao Painel.
O parlamentar prevê que as galerias da Alesp estarão lotadas de manifestantes críticos à desestatização durante as sessões, como ocorreu na tramitação de diversos outros projetos controversos ao longo de suas mais de duas décadas de Casa, mas ressalta que isso não será problema.
"Nada resiste ao diálogo. O primeiro passo será cotejar as 177 emendas apresentadas até agora com o texto do governo. O segundo passo será me colocar inteiramente à disposição para ouvir todas as bancadas. Vamos defender que haja mais de uma audiência pública, caso julguem necessário. Não vamos cercear nenhum tipo de manifestação", afirma.
Munhoz diz que ainda é prematuro para dizer se fará acréscimos ou subtrações ao texto enviado pelo Executivo, mas afirma que já considera "super suficiente" para discussão na Alesp o conteúdo atual do projeto.
O tucano está no sétimo mandato como deputado estadual, e presidiu a Assembleia entre 2009 e 2011. Também foi prefeito de Itapira (SP), ministro da Agricultura no governo Itamar Franco e secretário estadual da Agricultura na gestão Luiz Antônio Fleury Filho.
O PSDB é seu sétimo partido. Embora os tucanos não tenham cargo no governo Tarcísio, a bancada do partido na Assembleia tem votado em geral alinhada ao Executivo.
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