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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Descrição de chapéu Folhajus São Paulo

Nunes decide sancionar lei que acaba com corridas de cavalo no Jockey

Nova lei deve resultar em batalha judicial entre prefeitura e o clube em torno do terreno do hipódromo; em nota, Jockey diz lamentar aprovação da lei e afirma que adotará medidas legais

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Salvador

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), decidiu sancionar a lei aprovada pela Câmara Municipal de São Paulo que proíbe o uso de animais em atividades desportivas que envolvam apostas.

A proibição inclui as corridas de cavalo com apostas, atualmente realizadas pelo tradicional Jockey Clube na capital paulista.

Centésima edição do Grande Prêmio de São Paulo de turfe, realizado no Jockey Club de São Paulo, na capital - Folhapress

A lei, de autoria do vereador Xexéu Tripoli (União Brasil), prevê um prazo de 180 dias a partir de sua publicação para que os estabelecimentos encerrem as atividades com animais que envolvam apostas.

Em nota, o Jockey Club de São Paulo lamentou a aprovação da lei e informou que adotará as medidas legais cabíveis para garantir seus direitos e os das famílias que dependem das atividades do hipódromo.

"Além de demonstrar total desconhecimento sobre o esporte, a proposta sinaliza para a população um claro interesse em tentar desconstruir a história centenária do Jockey Club de São Paulo, bem como de abrir espaço para absurda tentativa desapropriar o terreno do Hipódromo de Cidade Jardim para possível especulação imobiliária", afirmou.

A expectativa é que a sanção da lei dê início a uma batalha judicial entre o Jockey e a prefeitura de São Paulo. Isso porque, na prática, a sanção da lei inviabiliza não apenas o funcionamento hipódromo, mas também a manutenção do terreno nas mãos do Jockey Clube.

O terreno no bairro Cidade Jardim foi doado para o Jockey em 1936 pela empresa Companhia City, que atuava no setor de loteamentos. O contrato, contudo, prevê que ele seja utilizado apenas para turfe. Caso contrário, a área deveria ser destinada ao município de São Paulo.

A possível migração do terreno para o município não teria impacto na dívida que o Jockey Clube tem com o município relativas ao pagamento de IPTU (Imposto Predial territorial Urbano).

Autor do projeto, Trípoli comemorou a aprovação. "Eu acredito muito que esse esporte já passou. Nós estamos no século 21. Passou do tempo da gente usar animal para entretenimento humano e principalmente com apostas", declarou.

Nesta quinta-feira (27), o presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (União Brasil), disse em sessão que poderá pedir ao setor de zoonoses do município que apreenda os cavalos caso o clube insista em realizar corrida neste final de semana. Também afirmou que levará ambientalistas para protestar no local.

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