Siga a folha

Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Descrição de chapéu Pix Banco Central copom

Proposta de autonomia financeira do BC ameaça Pix gratuito, diz sindicato

Servidores farão nesta quarta-feira (12) ato no Senado em protesto contra PEC que transforma Banco Central em empresa pública

Assinantes podem enviar 7 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Brasília

Servidores do Banco Central farão nesta quarta-feira (12) um ato no Senado contra a PEC (proposta de emenda à Constituição) que estabelece autonomia orçamentária e financeira para o Banco Central e que, de acordo com o sindicato que representa os funcionários do BC, ameaçaria a gratuidade do Pix.

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, defende autonomia administrativa e financeira do BC - Rubens Cavallari/Folhapress

O texto foi incluído na pauta desta quarta-feira da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. A intenção dos servidores é alertar integrantes do colegiado para os riscos que veem na transformação da autoridade monetária em uma empresa pública sem vinculação a qualquer ministério ou órgão da Administração Pública e também sem tutela ou subordinação hierárquica.

O Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central) afirma que a proposta pode significar o fim do Pix gratuito. Sergio Belsito, presidente do Sinal-RJ, avalia que, ao deixar de ser uma autarquia para se tornar uma instituição de direito privado, o Banco Central poderá terceirizar serviços, entre eles o Pix.

"O próprio Roberto Campos Neto [presidente do BC] diz que não tem dinheiro para desenvolver o restante das propostas do projeto do Pix", afirma Belsito. "Já teve sondagem do mercado de administrar o Pix, de taxar o Pix. A ideia do BC como empresa pública é tentar repassar o que puder para poder se sustentar."

Ele diz ver um grande risco de um produto que foi "construído com muito sacrifício pelos servidores do banco e aperfeiçoado pelo corpo de funcionários" ser entregue ao mercado e passar a ser cobrado. "Vai ficar nas mãos dos banqueiros. O Pix não foi invenção do Roberto Campos Neto."

A PEC 65 é de autoria do senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) e é apoiada por Campos Neto, embora rejeitada por grande parte dos servidores. A assessoria de Cardoso argumenta que a autonomia financeira e de orçamento é importante porque o BC não tem recursos para reajustar salário dos servidores ou fazer investimentos estratégicos no aperfeiçoamento do Pix. Afirma ainda que a terceirização do serviço não Pix não está em discussão, por se tratar de um projeto estratégico do banco.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas