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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Descrição de chapéu São Paulo STF

Aliados de Nunes veem campo minado no 7 de setembro bolsonarista

Riscos envolvem discurso de Bolsonaro, adesão do público a Marçal e ataques a Alexandre de Moraes

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São Paulo

A campanha à reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB) vê o ato de 7 de setembro na avenida Paulista, marcado por bolsonaristas para protestar contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, como decisivo e imprevisível.

O emedebista já confirmou presença ao Painel. Ele e seu entorno estão apreensivos, no entanto, com os discursos radicais contra o STF que serão feitos na manifestação, especialmente a fala do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Também se preocupam com a possível participação do influenciador Pablo Marçal (PRTB) e a reação do público.

Ricardo Nunes (MDB) durante debate entre candidatos da TV Band - Folhapress

Diante desse campo minado, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) se tornou o responsável por monitorar o cenário e tentar estabelecer uma estratégia de participação do prefeito.

O teor da fala de Bolsonaro ainda é uma incógnita para todos os envolvidos e, por isso, motivo de temor. Mais do que as críticas possivelmente exaltadas a Moraes, há preocupação com o posicionamento do ex-presidente em relação à eleição municipal. Bolsonaro afastou-se da campanha de Nunes e fez acenos a Marçal após crescimento dele nas pesquisas eleitorais.

O ideal para Nunes seria que Bolsonaro manifestasse claramente endosso ao emedebista, o que é visto como improvável.

O pior cenário possível seria o ex-presidente sinalizar alguma forma de apoio a Marçal durante o ato, na presença do prefeito. O esperado é que ele não aborde a questão e se concentre na contraposição a Moraes e na defesa dos presos do ataque aos Três Poderes de 8 de janeiro do ano passado.

O influenciador ainda não decidiu se participará do ato. Por um lado, ele tem evitado se indispor com Moraes. Por outro, como mostrou pesquisa Datafolha, sua campanha tem recebido cada vez mais apoio do eleitorado bolsonarista, que estará em peso na avenida Paulista.

Devido a essa adesão bolsonarista a Marçal, existe também a preocupação de que Nunes seja vítima de um coro em exaltação ao concorrente por parte do público presente.

Por todos esses motivos, o plano até o momento é que o prefeito faça uma participação discreta, com a expectativa de que seja suficiente para que o eleitorado bolsonarista o veja como um possível aliado, mas sem alimentar indisposição com o STF nem gerar imagens que possam ser usadas contra a campanha à reeleição.

Em fevereiro, ele adotou a mesma estratégia ao participar de ato em defesa de Bolsonaro também na avenida Paulista. O prefeito ficou longe do ex-presidente, não fez discurso e deixou o local antes que o pastor Silas Malafaia fizesse discurso inflamado contra Moraes. Desta vez, Malafaia promete fazer fala ainda mais agressiva.

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