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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Doação do PT para Boulos atropela instância partidária e gera crítica interna

Repasse de R$ 30 milhões foi feito antes de reunião da Executiva sobre o tema; tesoureira diz que campanha psolista é estratégica

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O repasse de R$ 30 milhões do fundo eleitoral do PT para a campanha de Guilherme Boulos (PSOL) em São Paulo gerou mal-estar na Executiva Nacional petista.

Comício de Guilherme Boulos (PSOL), Marta Suplicy (PT) e Lula em São Miguel Paulista, na zona leste da capital - Adriano Vizoni/Folhapress

Não apenas por discordâncias quanto ao valor doado, mas pela maneira como isso foi feito, com atropelo de instâncias partidárias.

Em um grupo de WhatsApp da direção partidária, o secretário de Relações Internacionais petista, Romênio Pereira, reclamou que os recursos foram transferidos no último dia 2, antes de deliberação sobre o tema pela Executiva Nacional, que se reúne na próxima terça (10).

"É inaceitável que uma decisão tão relevante, que afeta todos os membros do partido e nossas estratégias eleitorais, tenha sido tomada sem o devido debate e deliberação na instância competente", declarou.

Ele é contrário à doação de mais recursos para o psolista, por avaliar que a verba faz falta para campanhas do partido pelo Brasil. Mas afirma que se submeteria a uma decisão da Executiva contrária à sua oposição.

Em resposta também no grupo, a tesoureira do PT, Gleide Andrade, justificou a antecipação porque depósitos do fundo eleitoral para candidatas mulheres e pessoas negras têm de ser feitos até o dia 8 de setembro, segundo o TSE. O recurso para Boulos foi transferido por meio de doação para a campanha da vice, Marta Suplicy (PT).

"Todos aqui sabemos da importância política da eleição do Boulos, ganhar a maior capital do país é fundamental para nosso projeto político a longo prazo, e sobretudo para 2026", justificou a tesoureira.

O secretário de Relações Internacionais rebateu dizendo que, se havia esse prazo, a reunião da Executiva deveria ter sido antecipada.

Ao Painel, Gleide admitiu que a instância partidária deveria ter sido consultada anteriormente. "Talvez tenha sido um erro esse atropelo, mas nós temos uma maioria consolidada no partido para aprovar esse repasse. Não ia mudar nada na essência", afirmou.

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