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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Indígena brasileiro vai a assembleia em NY para constranger investidor

Ativista roubou a cena em reunião de acionistas da BlackRock, maior gestora de fundos do mundo

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São Paulo

O indígena brasileiro Luiz Eloy roubou a cena na reunião anual de acionistas da maior gestora de investimentos do mundo, a BlackRock, em Nova York, na última semana. Um acionista cedeu a própria cadeira a Eloy, que aproveitou a ocasião para fazer o que chama de “incidência”.

Dirigindo-se a Laurence Fink, presidente da gestora, Eloy alertou para os riscos do desmatamento. Segundo o relato do indígena, o executivo sinalizou que sua preocupação deve ser levada em consideração.

Mensagem Eloy discursou a investidores do agronegócio. “Vocês têm a responsabilidade sobre o nosso futuro”, disse ele, que é advogado da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, referindo-se a quem aplica em empresas como JBS e Bunge.

Climão O indígena afirma que causou constrangimento porque sua fala destoou dos outros comentários —cada acionista tem cinco minutos. Enquanto discursava, os presentes concordavam com a cabeça, segundo ele.

Limites Eloy instou as empresas a restringirem a compra de commodities produzidas em propriedades localizadas em terras indígenas.

Descampado A fala, também endereçada ao governo Bolsonaro, criticou o avanço do desmatamento ilegal “promovido pelo agronegócio”.

Anfitrião A BlackRock, que administra em grande parte fundos de índice, não comenta o episódio. Em seu site, diz que leva em consideração fatores como responsabilidade ambiental nas empresas em que investe.

Índio terena Luiz Eloy, depois de assembleia da BlackRock - Reprodução

Bacon A ampliação da cota de importação de aves pelo México alertou os produtores brasileiros de carne suína, que veem na medida uma oportunidade. 

Diálogo Segundo a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), o Brasil está em negociação para abrir o mercado com o país —dominado pela carne de porco americana— e considera que pode se beneficiar da peste suína africana na China, grande concorrente.

Atrevido Após ousar com mensagens publicitárias provocando do concorrente McDonald’s até o presidente Bolsonaro, o Burger King agora sonha com o Festival de Criatividade de Cannes, que acontece de 17 a 21 de junho.

Sem modéstia A equipe da marca, que já ganhou como anunciante do ano em 2017, acredita que pode ser uma das mais premiadas do evento nesta edição.

Fogueira A aposta é uma campanha da agência David, que dava um lanche às pessoas que “grelhassem” anúncios da concorrência, uma forma de divulgar o pagamento antecipado via aplicativo. 

Ousadia Na lista de campanhas provocadoras, o Burger King já se chamou Burger Gay e lançou comercial com um trisal, relacionamento de três pessoas. Seu movimento mais recente foi um vídeo em que ironiza a censura de Bolsonaro a uma propaganda do Banco do Brasil.

Modernidade Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú Unibanco, entrou na onda do podcast. O banco estreia nesta segunda (27) rodadas semanais de conversas sobre política monetária, avaliações setoriais e o mercado de ações.

Ouvintes A primeira edição será com o economista Luka Barbosa e o estrategista-chefe de renda variável do banco, Marcos Assumpção. A dupla fala de como o fraco crescimento econômico deste ano impactou o resultado das empresas de capital aberto.

Freio Christopher Podgorski, presidente da Scania Latin America, estava ao lado do governador paulista João Doria quando anunciou na semana passada um investimento de R$ 1,4 bilhão em São Bernardo. Mas a montadora ainda não decidiu se vai aderir ao programa IncentivAuto, que dá desconto de ICMS a montadoras.

Móvel O Hospital de Amor vai apresentar uma carreta equipada com aparelho radiológico de rastreamento de câncer de pulmão na sexta (31), quando se comemora o Dia Mundial sem Tabaco. 

Com Paula Soprana e Laísa Dall'Agnol

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