Siga a folha

Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Hackers atacam site do governo de segurança digital

Instituto Nacional de Tecnologia da Informação é responsável pela infraestrutura de certificados digitais

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Hacker O ITI (Instituto Nacional de Tecnologia da Informação), que emite certificados digitais no Brasil, foi hackeado nesta sexta (10). “Não serve para nada além de gastar dinheiro”, dizia uma mensagem deixada no site do órgão. Não há indício de dano à infraestrutura, o que colocaria em risco até a segurança de transações bancárias. O ataque acontece em um momento em que o modelo de certificação digital vem sendo questionado por alcançar apenas uma parcela restrita da população.

Utilidade Certificado digital é uma ferramenta técnica que comprova a identidade de um cidadão eletronicamente, dando garantia jurídica a qualquer tipo de transação que ele fizer. No Brasil, o governo é responsável pela infraestrutura por meio do ITI, mas quem vende as certificações, por cerca de R$ 130 ao ano, são apenas algumas empresas certificadas.

Dano à infraestrutura poderia colocar em risco até a segurança de transações bancárias - Mal Langsdon/Reuters

​​A poucos A principal crítica é que o atual modelo é elitista porque alcança 9 milhões de pessoas que podem pagar pelo certificado. “Se a maioria dos cidadãos está conectada, o governo tem que parar de separar cidadão digital e analógico. É preciso repensar essa política”, diz Thiago Camargo, presidente da organização Brasil Digital, que reúne empresas como Google, IBM e Microsoft.

Pedra no sapato Da forma que está posto, o mercado de certificação digital é visto como um entrave por setores do Ministério da Economia engajados em digitalizar o serviço público. Membros do ministério avaliam que o ITI deveria estimular novos modelos e abrir espaço para mais competição.

Ambição Quem acompanha o assunto na pasta via no projeto de governo digital do deputado Felipe Rigoni (PSB-ES) uma alternativa para acelerar a digitalização do serviço público, mas o tema saiu da pauta no Congresso com a reforma da Previdência e o contexto de coronavírus. O governo lidava com uma expectativa alta de gerar economia superior a R$ 30 bilhões em cinco anos com a digitalização de todos os serviços ao cidadão.

Outro lado Procurado, o instituto não comentou o assunto.

A coluna Painel S.A. está disponível por temas. Para ler outros assuntos desta edição, clique abaixo:

Iguatemi vai reduzir 50% do aluguel dos lojistas de março

Fabricante de liquidificador passa a produzir peça para máscara

Dona da Smirnoff diz que vendas estão voltando na China após coronavírus

Após polêmica com herdeiro, Giraffas faz doação de comida ao SUS

com Filipe Oliveira e Mariana Grazini

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas