Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Novos testes que avaliam imunidade contra Covid-19 chegam ao mercado
Empresas como Dasa, Fleury e Einstein têm lançado os chamados testes de anticorpo neutralizante
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O mercado de testes evoluiu ao longo dos meses na pandemia e ainda deve abrir novas fronteiras. Depois da chegada da vacina, a demanda do paciente não se resume mais ao exame para saber se ele tem ou teve a doença. Ele também quer saber se está protegido com anticorpos contra a Covid-19. No Brasil, os casos de vacina de vento, que foram aplicadas com seringas vazias, ajudam a impulsionar essa demanda porque elevam a insegurança em torno da imunização.
Empresas como Dasa, Fleury e Einstein têm lançado os chamados testes de anticorpo neutralizante, que avaliam a imunidade. A Dasa afirma que o teste terá um uso importante para avaliar a produção de anticorpos no processo de vacinação.
De acordo com a Dasa, os exames de sorologia disponíveis hoje detectam a presença de anticorpos dos tipos de fase aguda IgM e de fase tardia IgG, indicando, de modo generalista, se a pessoa teve contato com o vírus no passado, sem saber se esse anticorpo é protetor. Já o anticorpo neutralizante é complementar ao diagnóstico e indica se o paciente está imune.
A companhia também está validando um teste genômico na pesquisa com sequenciamento de pequenas regiões do vírus sobre os casos de reinfecção relatados.
Além da pesquisa de anticorpo neutralizante, que pode ajudar a avaliar a resposta à vacina, o Fleury está lançando outros três testes, como o RT-PCR com coleta de saliva, diferente daquele de secreção respiratória com amostra do nariz. Tem o mesmo método, mas é mais confortável, segundo a empresa.
No Einstein, o teste sorológico para apontar a presença de anticorpo neutralizante no sangue foi lançado em dezembro. O hospital ressalva que não vale como diagnóstico de doença porque não registra a presença do vírus, como o RT-PCR. E só revela a qualidade da resposta de defesa do corpo no momento do exame, sem indicar quanto tempo a imunidade fica ativa.
com Filipe Oliveira e Andressa Motter
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