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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Indústria têxtil estuda maior importação de algodão em mais de 20 anos

Associação do setor diz que alto custo de energia agrava cenário de escassez do produto

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São Paulo

A indústria têxtil diz que está preocupada com a oferta de algodão no país e, por isso, projeta elevar a importação da matéria-prima em uma escala que não acontecia desde os anos 1990.

Segundo o presidente da Abit (associação dos fabricantes), Fernando Pimentel, o cenário foi influenciado pelo clima e pela substituição do algodão por outras culturas, como milho e soja, que estavam mais remuneradas.

“Mesmo tendo estoque, ficaríamos super justos, o que poderia levar à necessidade de importar, coisa que a indústria brasileira não faz há muitos anos”, diz.

Pimentel afirma que os preços já estão pressionados pelas cotações internacionais e o câmbio, mas os outros custos, como energia, embalagens e frete, que também subiram, agravam a situação.

“Preocupa faltar algodão no momento da retomada do setor na pandemia”, afirma.

Ele diz que, das 3 milhões de toneladas colhidas no Brasil anualmente, a indústria têxtil nacional consome cerca de 700 mil toneladas, e o restante é exportado. Neste ano, o setor deve ter 500 mil toneladas à disposição, provavelmente de qualidade inferior, segundo ele.

com Mariana Grazini e Andressa Motter

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