Siga a folha

Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Cenário eleitoral divide previsões de empresários

Não há consenso sobre efeitos eleitorais dos benefícios concedidos pelo governo

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

O empresariado ainda não traça um cenário claro do que pode acontecer na disputa eleitoral nas próximas semanas.

Embora a polarização entre Lula e Bolsonaro dê sinais de consolidação nas pesquisas, ainda restam expectativas de reviravoltas.

Há pouco consenso nas previsões sobre os efeitos eleitorais que Bolsonaro pode faturar com a concessão de benefícios, e uma parte dos defensores da terceira via começa a perder o entusiasmo.

Ricardo Lacerda, fundador do banco BR Partners - Bruno Santos - 27.mai.22/Folhapress

A última rodada da pesquisa Datafolha realizada na semana passada, de terça (16) a quinta (18), mostrou Lula à frente, com Bolsonaro avançando nas intenções de voto e sem movimento significativos na terceira via.

Para o banqueiro Ricardo Lacerda, do BR Partners, a pesquisa mostra que a eleição caminha para o acirramento da disputa entre Lula e Bolsonaro.

"O desafio do presidente agora é reduzir a diferença para o patamar de um dígito até o início de setembro. Para isso, não basta recuperar parte de seus eleitores arrependidos. Vai precisar tirar votos de Lula", diz Lacerda.

Na opinião do empresário Lawrence Pih, é mais provável Lula vencer no primeiro turno. Ele não vê chance de retorno em voto após os benefícios sociais oferecidos por Bolsonaro como o Auxílio Brasil de R$ 600.

"Dificilmente o quadro se reverterá a seu favor quando os eleitores se lembrarem da forma como o governo Bolsonaro conduziu a pandemia, arruinou contas públicas, provocou a desvalorização da moeda, inflação, juros na estratosfera, devastação da Amazônia, política externa falida, sem mencionar orçamento secreto, afronta às instituições e o estímulo à discórdia", diz Pih.

O investidor Lawrence Pih foi um dos primeiros empresários a apoiar o PT na década de 1980 e também um dos primeiros a criticar o governo Dilma Rousseff publicamente três décadas depois.

Antonio Carlos Pipponzi, presidente do conselho da RaiaDrogasil, ainda vê espaço para a terceira via. "Estamos em um quadro muito polarizado em que o percentual de votos por exclusão é muito grande. Com o tempo significativo de TV da candidata Simone Tebet, poderá haver mudanças expressivas no cenário", afirma.

Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas