Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Pix parcelado demora a se espalhar pelo comércio
Opção está disponível, mas 60% dos empresários desconhecem a ferramenta
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Seis entre dez empresas de comércio, indústria e serviços desconhecem que, a exemplo do cartão de crédito, já é possível oferecer a opção parcelamento de uma compra via Pix. Isso mesmo, o Pix parcelado.
É o que mostra um levantamento da empresa de inteligência analítica Boa Vista. No entanto, ao saberem dessa modalidade, 72% dos entrevistados sinalizaram intenção em disponibilizá-lo ao cliente.
A pesquisa tinha objetivo de mapear a utilização das novas formas de pagamento oferecidas aos consumidores, principalmente o Pix parcelado e o chamado BNPL (compre agora, pague depois, na sigla em inglês), também conhecido como crediário digital.
No caso do BNPL, usado em países como Estados Unidos e Inglaterra, o índice de desconhecimento chega a 85%. Este formato combina diversas formas de parcelamento, incluindo parcelas no cartão de crédito, no débito e Pix.
A Boa Vista afirma que a implementação do Pix, em 2020, acelerou a dinâmica de pagamento no setor financeiro, porém muitas empresas ainda são resistentes às funcionalidades adicionais.
No caso do BNPL, a disposição dos empresários é menor.
Lançado em novembro de 2020, auge da pandemia, o Pix se tornou o queridinho dos brasileiros por conta da rapidez nos pagamentos e transferências sem taxas. Segundo dados do Banco Central, de novembro de 2020 até setembro de 2022, foram feitas 26 bilhões de transações pela ferramenta de pagamento instantâneo, com valores transacionados de R$ 12,9 trilhões.
Na pesquisa da Boa Vista, o Pix é apontado como o meio de recebimento mais aceito entre os estabelecimentos, seguido pelo dinheiro físico e os cartões de débito e crédito.
Julio Wiziack (interino) com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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