Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Com sinistros em alta, Unimed-Rio não consegue estancar crise
Operadora recebe menos com mensalidades do que o valor gasto com despesas assistenciais
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A crise da Unimed-Rio, uma das maiores redes de planos de saúde que segue sob intervenção da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), se agravou com o aumento do volume de sinistros no último trimestre.
Bancos de investimento chamam a atenção para essa situação porque o resultado da companhia está pesando no das demais empresas de capital aberto, alvo de investidores.
O relatório do Bradesco BBI, por exemplo, informa que a sinistralidade da operadora chegou a 125% no terceiro trimestre deste ano. Era 118% no segundo trimestre e foi de 72%, no acumulado de 2020. Esses índices significam que o valor gasto com sinistros (quando alguém aciona o plano de saúde) foi maior que a receita paga pelos beneficiários.
Na média, a sinistralidade do setor foi de 93% no período, já considerada elevada pelos analistas diante da crise que afeta o segmento.
Procurada, a Unimed-Rio não respondeu até a publicação desta nota.
Questionada, a Unimed-Rio não comentou sobre os dados. Disse que não procedem.
Julio Wiziack (interino) com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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