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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Remédio do kit Covid dispara outra vez

Vendas de vermífugo saltam de 795 mil unidades para quase 1,8 milhão

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São Paulo

A alta recente nos casos de Covid voltou a beneficiar as vendas de ivermectina e hidroxicloroquina, remédios do chamado kit Covid, que não têm eficácia contra a doença, mas foram recomendados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) na pandemia.

O maior salto foi o da ivermectina, vermífugo para sarna e piolho, que disparou de um patamar de 795 mil unidades em outubro para quase 1,8 milhão em novembro, segundo dados da consultoria Iqvia, que monitora o varejo farmacêutico.

Hidroxicloroquina, medicamento indicado para o tratamento de malária, usado no kit Covid; remédio é comprovadamente ineficaz em caso de contaminação pelo coronavírus - Narinder Nanu-20.maio.20/AFP

Desde o início da pandemia, a corrida pelo produto nas farmácias sempre registrou aceleração nos momentos de novas ondas da Covid. Bateu em 5,5 milhões de unidades vendidas em janeiro, na ocasião da chegada da ômicron.

Em trajetória semelhante, as vendas da hidroxicloroquina, indicada para o tratamento de malária, subiram de 89,6 mil unidades em outubro para quase 97,5 mil em novembro. Os números vinham em queda desde o último pico, em junho.

A nova onda de procura pelos remédios do kit Covid reacende um assunto amargo no setor, a falta de fiscalização na venda de medicamentos tarja vermelha sem prescrição médica, que pode ter facilitado o consumo de produtos como cloroquina e ivermectina, turbinando o faturamento de fabricantes de produtos sem eficácia para o objetivo do consumidor.

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