Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
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Depois do alerta levantado no Ministério dos Transportes de que pode faltar asfalto para atender a expansão dos investimentos previstos em obras rodoviárias até abril, empresas do setor afirmam que vão se preparar para suprir o fornecimento com importação, mas ressalvam que é preciso ter uma projeção mais detalhada do volume necessário.
Segundo a Abimpa (associação de importadores do insumo), a Guerra da Ucrânia encareceu o frete, inviabilizando o fluxo de importação da Rússia, mas há esforços para abrir outros canais.
"Estamos buscando fora e, provavelmente, até o fim deste mês a gente já tenha alguma solução para a questão do abastecimento caso ocorra a falta", diz Bibiano Ferraz, presidente da Abimpa.
O Ministério dos Transportes afirma que também trabalha junto ao Itamaraty para tentar reativar parcerias com fornecedores, como a Venezuela e outros países produtores de petróleo para expandir a oferta no mercado nacional.
Carlos Prado, gerente técnico do Sinicesp (Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado de São Paulo), afirma, porém, que os cálculos só poderão ser feitos com precisão quando as obras estiverem lançadas.
"Para efetivar uma importação temos que ter mais dados. Ninguém vai se aventurar a importar sem ter o mínimo de informação do volume que vai ser necessário", afirma.
O alerta sobre o mercado de distribuição do insumo foi levado ao ministro dos Transportes, Renan Filho, em reunião nesta semana para falar de investimentos na manutenção dos principais corredores de escoamento da safra. A previsão é de um investimento de R$ 1,7 bilhão para obras rodoviárias no plano dos primeiros cem dias da gestão Lula.
O chefe da pasta deve se reunir, nos próximos dias, com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, para falar dos possíveis impactos de um aumento na demanda.
Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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