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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Descrição de chapéu Banco Central juros

Manifesto de economistas contra taxa de juros alta chega a 3.680 assinaturas

Documento ecoa reclamações de Lula contra Banco Central

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São Paulo

Chegou a 3.680 assinaturas o manifesto para pedir queda nos juros lançado nos últimos dias por nomes como Luiz Carlos Bresser-Pereira, Paulo Nogueira Batista Jr., Luiz Gonzaga Belluzzo e Luciano Coutinho.

O documento, que ecoa as queixas de Lula no conflito com o Banco Central, afirma que a taxa de juros está em níveis inaceitáveis e tem sido mantida exageradamente elevada pelo Banco Central.

"A superação dos desafios brasileiros só pode ser alcançada com uma nova política econômica, promotora de crescimento e prosperidade compartilhada. A razoabilidade da taxa de juros é uma condição indispensável para a normalidade econômica. Sem isso, os investimentos perderão para as aplicações financeiras e as remunerações do trabalho e da produção vão perder para a especulação", diz o texto.

Batista Jr. vê tração no endosso às falas do presidente Lula sobre o assunto.

"O manifesto mostra que há amplo apoio ao questionamento da política de juros, das metas de inflação e da chamada independência do Banco Central. Com as suas declarações sobre esses temas, Lula está indo na direção certa, no meu entender", diz o ex-diretor-executivo do FMI e ex-vice-presidente do Banco do Brics.

O presidente Lula durante cerimônia no palácio do planalto - Pedro Ladeira - 13.fev.2023/Folhapress

O ex-ministro da Fazenda Bresser-Pereira, considera o atual patamar de juros uma violência contra os investidores, que pagam juros escandalosos para investir, e contra os consumidores, que já estão altamente endividados. É o que ele chama de "um vício brasileiro antigo" e diz que Lula foi o único presidente que resolveu brigar com o assunto.

"Defendo que a taxa de juros real no Brasil deva ser calculada levando em consideração a taxa de juros internacional mais o risco Brasil. A taxa real é negativa nos EUA e na Europa, enquanto o risco Brasil atualmente é de 2,5%. O razoável que o Brasil deveria ter é de 2,5%, talvez até 2%. Estamos com 7,87%, segundo o último levantamento do BC. Isso é um escândalo, é uma captura do patrimônio público porque é o Estado que paga esses juros", diz Bresser-Pereira.

Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix

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