Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Partido Novo libera uso de dinheiro do fundo partidário
Legenda deliberou sobre o tema em convenção nesta terça (28)
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
O Partido Novo aprovou, na noite desta terça-feira (28), o uso de rendimentos do fundo partidário, que gira em torno de R$ 1 milhão por mês.
A decisão foi tomada em meio a críticas de parlamentares filiados à legenda, como os deputados Marcel van Hattem (RS) e Gilson Marques (SC).
A recusa em usar os recursos do chamado fundão era repetida por candidatos e eleitores do Novo como um mantra desde que o partido despontou no cenário político em 2018.
Outro entusiasta da renúncia à utilização dos recursos pelo partido, João Amoêdo, fundador da sigla, já vem criticando a decisão da legenda de rever a medida, que é considerada um de seus pilares. Embora tenha se desfiliado no ano passado, Amoêdo segue como referência para eleitores que apoiaram a candidatura dele a presidente em 2018.
Já Felipe D’Avila, candidato à Presidência em 2022, disse ao Painel S.A. que considera positivo repensar o assunto. "Sou a favor de abrir a discussão sobre o uso de um recurso que o partido não pode devolver para os cofres públicos. Pode ser uma oportunidade para usá-lo com transparência e critérios claros que ajudem o partido a se fortalecer", afirma. No ano passado, D'Avila dizia que o Novo era o único partido que não usava o fundo, postura exaltada como vantagem diante da concorrência na época.
Segundo o Novo, a mudança é fundamental para "a democracia interna, a competitividade e a expansão da sigla no atual contexto da política brasileira".
"Com 85% dos votos favoráveis em questões até pouco tempo sensíveis, como o uso dos rendimentos do Fundo Partidário, ficou bastante claro que o partido amadureceu para um novo momento, e terá, de agora em diante, muito mais capilaridade e competitividade frente aos nossos concorrentes", afirmou Eduardo Ribeiro, presidente da sigla, em nota.
Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters