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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Partido Novo se divide sobre decisão de usar dinheiro do fundo partidário

Legenda delibera sobre o tema em convenção nacional nesta terça (28)

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São Paulo

Nomes de peso do partido Novo devem se dividir nesta terça (28) durante a convenção que vai decidir se a legenda começa a usar ou não os recursos do rendimento do fundo partidário. A rejeição ao uso do fundo era um dos pilares do Novo, tratado pelo partido como um diferencial em suas campanhas.

O candidato da legenda à Presidência em 2022, Felipe D’Avila, disse ao Painel S.A. que considera positivo repensar o assunto. "Sou a favor de abrir a discussão sobre o uso de um recurso que o partido não pode devolver para os cofres públicos. Pode ser uma oportunidade para usá-lo com transparência e critérios claros que ajudem o partido a se fortalecer", afirma. No ano passado, D'Avila dizia que o Novo era o único partido que não usava o fundo, postura exaltada como vantagem diante da concorrência na época.

O deputado federal Gilson Marques (SC), por outro lado, é contra a mudança. Outros nomes da legenda como Marcel van Hattem também defendiam que seria melhor abrir mão do recurso. "Não adianta apenas falar em plenário que é contra o Fundo Eleitoral, mas depois usar esse dinheiro nas campanhas. Nós do Novo somos contra o Fundão do início ao fim e estamos devolvendo R$ 87,7 milhões aos cofres públicos", escreveu van Hattem em um tuíte de junho do ano passado.

Vinicius Poit, que se candidatou ao governo de São Paulo pela legenda em 2022, também usou o tema na campanha. "Não acho justo usar dinheiro do cidadão para fazer santinho", dizia em rede social.

D'Avila gesticula com as mãos. Ele está sentado em uma cadeira.
Luiz Felipe D'Avila (Novo) durante entrevista no estúdio TV Folha, em São Paulo, no ano passado - Gabriel Cabral - 23.set.22/Folhapress

Procuradas pelo Painel S.A., as assessorias dos deputados Gilson Marques e Marcel Van Hattem disseram que os parlamentares se declaram contra a proposta do Novo de usar os rendimentos do fundo. Poit não se manifestou.

Um dos maiores críticos à utilização dos recursos pelo partido é João Amoêdo, fundador da sigla. Embora tenha se desfiliado no ano passado, Amoêdo segue como referência para eleitores que apoiaram a candidatura dele a presidente em 2018.

Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix

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