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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Em meio à crise do varejo, Via atrai o dobro do esperado em oferta de ações

Reservas por novos papéis já excedem em R$ 600 milhões o valor esperado; recursos ajudarão a reduzir endividamento com operações de crediário

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São Paulo

A Via, dona da Casas Bahia, do Ponto e do Extra.com, já excedeu em R$ 600 milhões o estimado com reservas de novas ações a serem emitidas pela companhia (follow-on). Nesse ritmo, a varejista deve atingir R$ 2 bilhões, o dobro do esperado inicialmente.

O dinheiro servirá para "reforçar sua estrutura de capital". A Via tem R$ 8,7 bilhões em empréstimos, dos quais R$ 5 bilhões (57% do total) são repasses para instituições financeiras referentes a operações com crediário.

Loja de móveis e eletrodomésticos da Casas Bahia, uma das marcas da Via (antiga Via Varejo). - Divulgação

Esse movimento começou na terça (5), quando ela protocolou junto à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) um registro de oferta pública primária para distribuição de 778.649.283 novas ações.

Se a cotação for a mesma do dia anterior (R$ 1,26), a companhia conseguirá cerca de R$ 1 bilhão com a operação. No entanto, com a procura elevada, a operação tende a chegar em R$ 2 bilhões.

O endividamento da Via tem sido acompanhado de perto pelo mercado. Desde que a empresa divulgou seus resultados financeiros do segundo trimestre, a ação já caiu 35%. No ano, acumula queda de 50%.

No segundo trimestre, o endividamento bruto foi de R$ 3,7 bilhões, sendo R$ 1,5 bilhão com risco sacado, operação em que uma instituição financeira, em geral, antecipa o pagamento a ser realizado pelo comprador (varejista) ao fornecedor.

Este foi o ponto fraco da Americanas, que segue sob investigação devido a supostas fraudes ocorridas nessas operações.

Segundo operadores de mercado, quantitativamente, a notícia sobre a alta demanda no follow-on da Via é positiva porque mostra que a empresa tem credores disponíveis para financiá-la.

Internamente, os operadores de mercado se mobilizam para conhecer o perfil dos interessados: se a alta parte de investidores novos ou de fundos que já têm participação na empresa.

Para eles, isso será determinante para fazer o preço da ação subir, mesmo com a diluição da participação dos acionistas atuais.

Com Diego Felix e Stéfanie Rigamonti

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