Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Sem concorrência, Azul vende passagens domésticas mais caras que internacionais
OUTRO LADO: Empresa diz que outros fatores influenciam bilhete, como preço do combustível, variação cambial e sazonalidade
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Destinos atendidos somente pela Azul nos locais mais afastados dos grandes centros urbanos registram preços tão elevados quanto o de rotas internacionais atendidas pela mesma companhia.
Em aeroportos onde a Azul enfrenta a concorrência com Latam e Gol, suas tarifas costumam ser mais baixas, forma de ganhar mercado nessas praças onde as duas rivais são mais antigas e consolidadas, como em Congonhas (SP).
Pelo próprio aplicativo da empresa, um voo entre aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), e Caldas Novas (GO), por exemplo, varia de R$ 2.966 a R$ 3.473, partindo em março do ano que vem —quatro meses é um período recomendado pelo setor para o usufruto de tarifas mais baixas.
No mesmo período, o trecho entre Vilhena (RO) e Cuiabá (MT) sai por R$ 2.154; e o que liga a capital matogrossense a Aripuanã, no mesmo estado, custa por R$ 3.230.
Os preços chegam a ser maiores do que aqueles cobrados em alguns destinos internacionais.
Para voar de Campinas a Paris (França) pela Azul, em março, um passageiro encontra passagens por menos de R$ 2.000. Partindo do interior paulista para Montevidéu, no Uruguai, o valor gira em torno de R$ 1.000.
Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), entre as três principais companhias aéreas que operam no país, a Azul é a que tem a tarifa mais elevada. Em agosto, o preço real médio do bilhete vendido pela empresa ficou em R$ 765, enquanto o da Gol era de R$ 575 e o da Latam, R$ 593.
A Azul disse que que os preços praticados variam de acordo com fatores como trecho, sazonalidade, compra antecipada, disponibilidade de assentos, entre outros.
Ainda de acordo com a empresa, a alta do dólar, o preço do combustível de aviação (QAV) e conflitos internacionais também afetam o preço.
Hoje, a companhia se descreve como a maior do país em número de voos e destinos. A Azul afirma operar em 150 cidades.
Com Paulo Ricardo Martins
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