Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Senado desengaveta projeto que combate segurança privada clandestina
Ideia é criar conselho nacional para ajudar Ministério da Justiça na elaboração de regras para o setor
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O Senado desengavetou, nesta semana, o projeto que estabelece o Estatuto da Segurança Privada. A ideia é criar travas para evitar os serviços clandestinos que, nos últimos anos, tomaram conta das principais capitais do país, onde os índices de criminalidade explodiram.
Neste ano, a Polícia Federal fechou quase 200 empresas do gênero que operavam ilegalmente.
Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública indicam que até 2022 mais de 600 mil vigilantes trabalhavam de forma clandestina. O número é superior aos pouco mais de 485 mil profissionais com registro regular e em atividade.
Atualmente, 4.804 empresas operam com autorização e o faturamento do setor é de aproximadamente R$ 36,3 bilhões.
Uma das propostas do estatuto é a criação de um conselho nacional de segurança privada com representantes do governo, empresários e trabalhadores do setor para assessorar o Ministério da Justiça na elaboração de políticas para o setor, fechando o cerco contra as clandestinas.
Com Diego Felix
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