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Roteirista e autor de “Diário da Dilma”. Dirigiu o documentário “Uma Noite em 67”.

Bolsonaro vai comemorar o 7 a 1

Ministério do Planejamento divulgou um calendário de cerimônias pelo Twitter

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Empenhado em implementar uma nova política inédita, na qual assume a oposição contra si mesmo, Jair Bolsonaro lançou nesta quinta as bases da Semana Nacional da Cortina de Fumaça. 

“Nossa ideia é criar uma programação de impropérios, tuítes desastrosos e desencontros para atrapalhar a reforma da Previdência na semana em que ela for votada”, explicou Carlos Bolsonaro, usando o perfil do porta-voz da Presidência no Twitter.

Décimos de segundo depois, o próprio perfil do Twitter de Carlos Bolsonaro retuitou a mensagem e acrescentou: “Essa vai para os isentões e as prostitutas do sistema que insistem em dizer que o governo não tem planejamento”.

Numa ação coordenada, o Ministério do Planejamento, pelo Twitter, divulgou um calendário de cerimônias festivas para gerar debates acalorados que tirem o foco de qualquer projeto relevante. 

“Neste ano, vamos celebrar a calvície, a cãibra, a turbulência em aviões, a celulite, a insônia, o uso prolongado da buzina, a frieira, a brochada e vamos criar a 1ª Festa da Pedra no Rim.”

Na postagem seguinte, o ministério denunciou: “O conluio dos que são contra a maneira diferente de governar farão barulho na imunda mídia. Tirem suas conclusões!”.

Antes da Semana Nacional da Cortina de Fumaça, Jair Bolsonaro prometeu agir para abafar o pacote anticrime de Sergio Moro. “Acabei de mandar um áudio no WhatsApp para o pessoal da CBF estimulando as comemorações pelo 7 a 1 assim que o projeto do Moro entrar em pauta.”

Carlos Bolsonaro, usando o perfil de Juca Kfouri no Twitter, postou: “David Luiz é maior do que Pelé”.

De acordo com a agenda oficial, Jair Bolsonaro tinha o compromisso de passar o resto da tarde olhando as modas nas vitrines de um shopping em Brasília. 

O líder do governo na Câmara, no entanto, conseguiu surpreender a segurança e, num fato raro, se postou 
diante do presidente para cobrar pessoalmente uma articulação da reforma dos militares. 

Bolsonaro, de pronto, colocou a mão na coxa. “Senti uma fisgada no músculo adutor”, lamentou, enquanto saía de maca.

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