Siga a folha

Roteirista e autor de “Diário da Dilma”. Dirigiu o documentário “Uma Noite em 67”.

Milícia ou centrão? Faça o teste

Responda às dez perguntas abaixo e descubra se você entende o Brasil

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

O Brasil não é capitalista, comunista, anarquista ou terraplanista. O Brasil é fisiologista.

Na vida pública, privada ou no crime organizado, o fisiologismo se alastrou pelo território nacional como uma tomada de três pinos. Nas relações políticas, comerciais ou criminosas, o que vigora é a troca de favores, o nepotismo, o clientelismo. Mais do que nunca, os benefícios individuais estão sempre acima do pensamento público.

Não é de hoje que os políticos agem como bandidos. De uns tempos pra cá, porém, com a consolidação das milícias e do PCC, também vemos os bandidos agindo como políticos —numa versão, digamos, privatizada.

Ilustração de Débora Gonzales para coluna de Rentato Terra de 26 de outubro de 2023 - Débora Gonzales/Folhapress

Há, claro, diferenças marcantes entre a milícia e o centrão, principalmente no que envolve a escalada de violência explícita. Mas existem algumas interseções nos modi operandi.

Diante desse cenário, faça o teste: as sentenças abaixo se referem aos integrantes da milícia ou do centrão?

  1. Identificam as necessidades locais e passam a cobrar por serviços que já estavam disponíveis.

  2. Recorrem a extorsões, chantagens e coações para recolher pagamentos em troca de seus serviços.

  3. Vendem uma pseudoagenda moral contra o tráfico e os assaltos.

  4. Nunca receberam uma repreensão veemente de influentes pastores evangélicos, que estão mais preocupados em mirar sua indignação civilizatória justamente naqueles que os combatem.

  5. Enxergam o bem público não como aquele que é de todos, mas como algo que não é de ninguém —e que, portanto, precisa ter dono para gerar lucro e poder a seus correligionários.

  6. São bem relacionados no Judiciário e nas forças policiais.

  7. De vez em quando provocam o caos e incendeiam o país para mostrar sua força e seu poder cada vez maior.

  8. Como visam a obtenção de vantagens políticas, econômicas e sociais, manipulam a sensação de desamparo provocada pelo vácuo estatal nas regiões mais vulneráveis.

  9. Estão presentes em grande número na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

  10. Formam um poder paralelo

Resposta: ganhou quem respondeu que não sabe responder a esse teste. Se você tinha a pretensão de entender o Brasil, peço desculpas pela frustração.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas