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Ainda mais divertido do que ler previsões é relê-las anos depois

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Ainda mais divertido do que ler previsões é relê-las anos depois. Nossa capacidade média de prever o futuro, inclusive o imediato, é baixíssima. 

Números redondos como os deste 2020, então, prestam-se a exercícios ainda mais estrambólicos.

Dez anos atrás, ninguém poderia imaginar que o país seria varrido pela Operação Lava Jato, que colocou na cadeia certa elite que passou décadas vivendo em um planeta que não o da lei brasileira. Ou que um apresentador de TV loiro viraria o homem mais poderoso do mundoTRUMP PRESIDENTE!, foi o escrito na manchete da Folha que bem resumiu o espanto.

Voltando mais ainda, só piora. Em 2000, era cedo demais para arriscar previsões de que a esquerda chegaria ao poder no Brasil, menos ainda que lá ficaria por mais de 13 anos. Quem diria, então, que o país que colocava George W. Bush no poder elegeria, ainda naquela década, seu primeiro presidente negro.

A venezuelana Stefania Fernandez, após vencer o Miss Universo 2009, organizado por Donald Trump - Lucas Jackson/Reuters

Chegar a 1990 é até covardia. A internet, responsável pela maior revolução na vida humana desde então, é citada duas vezes em textos da Folha naquele ano —a rede, que tem seu embrião remontando a 1969, só chegaria comercialmente ao Brasil em 1995. Por aqui, aliás, quem sonhava com Collor e seu tiro único na inflação acordou no pesadelo traumático do impeachment e acabaria vendo o tigre dos preços morrer de maneira mais sofisticada a partir de 1994.

Em 1980, ninguém saberia dizer quando os brasileiros voltaríamos a viver uma democracia, embora a coisa já se encaminhasse para isso. E o Muro de Berlim parecia ainda feito de material inquebrável.

Pois o que a história ensina é que o espetacular engenho humano ainda não desenvolveu a capacidade de adivinhar o que vem adiante (os economistas, coitados, que o digam). Melhor ir passo a passo, com um tiquinho menos de ansiedade. Assim, felizes novidades nos anos 20 que ora se iniciam.

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