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A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

Apesar da crise, indústria de processamento de alimentos cresce 2%

Relatório de técnicos do Usda aponta bom desempenho do setor no Brasil

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A indústria de processamento de alimentos cresceu 2,1% no ano passado e movimentou R$ 656 bilhões.

Apesar da fraqueza da economia, é um setor que cresce internamente e eleva as importações.

Com isso, o Brasil já se posiciona entre os maiores do mundo nesse segmento, que representa 9,6% do PIB (Produto Interno Bruto).

O Brasil é o quinto principal país do mundo em alimentos embalados, atrás de Estados Unidos, China, Japão e Alemanha.

Linha de processamento de carne em Rio Verde (GO) - Li Ming - 24.mar.17/Xinhua

Apesar das incertezas na aprovação das reformas econômicas, o país continua gerando oportunidades para investimentos estrangeiros na alimentação.

As informações fazem parte de um relatório feito pelo Escritório de Comércio Agrícola do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no Brasil.

Os consumidores se ajustam a novos padrões de alimentação e permitem um crescimento nas importações, que atingiram US$ 2,8 bilhões (R$ 10 bilhões) em 2018, superando em 3% os valores de 2017.

As exportações dos Estados Unidos para o Brasil aumentaram 19% e permitiram que os americanos fossem responsáveis por 11% do que os brasileiros importaram nesse setor.

A liderança é da União Europeia, que forneceu 31% do que o país importou, seguida do Mercosul, que ficou com 27%.

Estão na lista dessas importações derivados de carnes, café, cereais, óleos, derivados de trigo, frutas e processadas, entre outros.

O relatório aponta que os consumidores brasileiros começam a olhar de outra forma como os alimentos são produzidos, exigem maior transparência, mais sustentabilidade e se preocupam com a questão da saúde e do bem-estar dos animais e dos agricultores.

A entrada no mercado brasileiro, porém, passa por vários desafios a serem vencidos. Entre eles, a volatilidade do câmbio, a competição dos países do Mercosul, que não têm taxas na colocação do produto no mercado brasileiro, e um certo conservadorismo dos importadores.

Abate bovino sem fiscalização pode chegar a 14% 

O abate de bovinos sem fiscalização no Brasil pode ter chegado a 14,1% em 2015, conforme levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP.

Os pesquisadores da entidade chegaram a esse percentual utilizando da oferta de animais “prontos” para o abate.

Já considerando a abordagem da demanda de carne, o Cepea estima que o abate não fiscalizado foi de 3,83% a 5,72% do total de cabeças abatidas naquele ano.

Os pesquisadores destacam, porém, que as limitações de informações para esta segunda estimativa podem gerar um grau de subestimação.


Há desafios para um avanço nas estimativas do abate não fiscalizado, segundo eles.

PIB do agronegócio brasileiro deverá cair 2% neste ano

A estimativa é de Fábio Silveira, da MacroSector Consultores. O valor, que em 2014 era de US$ 468 bilhões, esteve em US$ 395 bilhões em 2018 e cai para US$ 385 bilhões em 2019.

Em reais, haverá uma evolução, com o PIB do setor somando R$ 1,5 trilhão, acima do R$ 1,4 trilhão do ano passado.

A participação do agronegócio no PIB geral, em dólares, recua para 20,8%, abaixo dos 21,1% do ano passado.

Na avaliação da MacroSector, o PIB brasileiro será de US$ 1,85 trilhão em 2019, correspondente a R$ 7,22 trilhões.

Usinas destinam mais cana para produção de etanol

A safra 2019/20 de cana na região centro-sul, que ainda não tem todas as usinas do setor em operação, destinou 76,45% da cana-de-açúcar processada na primeira quinzena deste mês para a produção de etanol. No ano passado, foram 68,65%.

Os dados são da Unica (União da Industria de Cana-de-Açúcar), que registrou produção de apenas 340 mil toneladas de açúcar, abaixo das 713 mil de igual período de 2018.

A produção de etanol foi de 737 milhões de litros, 662 milhões dos quais de etanol hidratado.

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