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A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

Paranaenses e gaúchos terão caminhos diversos na safra de trigo neste ano

O Paraná, estado tradicionalmente líder na produção nacional do cereal, poderá perder o posto para o Rio Grande do Sul

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Os dois principais produtores de trigo do país, Paraná e Rio Grande do Sul, vivem momentos bem diferentes do que esperavam no início de safra.

O Paraná, estado tradicionalmente líder na produção nacional do cereal, poderá perder o posto para o Rio Grande do Sul neste ano.

Os paranaenses plantaram com a expectativa de mais uma boa colheita, o que não deverá ocorrer. Geada no início e seca no decorrer da safra deverão reduzir bastante o volume a ser produzido.

Já os gaúchos vão no caminho contrário. A previsão inicial, com base na produtividade média das dez colheitas mais recentes, não deve se concretizar, e a produção será maior do que o previsto.

Drone utilizado no monitoramento de lavoura de trigo na área agrícola do município de Carambeí (PR) - Mauro Zafalon/Folhapress

Carlos Hugo Godinho, analista de trigo do Deral (Departamento de Economia Rural) da Secretaria de Agricultura do Paraná, diz que a safra paranaense, estimada inicialmente em 3,4 milhões de toneladas, deverá ficar próxima de 2,4 milhões, devido aos efeitos climáticos adversos.

Já Alencar Paulo Rugeri, diretor técnico da Emater do Rio Grande do Sul, diz que o clima, por ora, apresenta condições bastante favoráveis para a safra. Com isso, a produção, estimada em 1,6 milhão de toneladas, poderá ser superada.

Godinho e Rugeri destacam, no entanto, que a safra continua e esses números podem não se concretizar. O Paraná poderá ter uma queda mais acentuada. O Rio Grande do Sul, uma safra ainda melhor.

Rugeri diz que uma chuva de granizo ou um período de chuva prolongado, porém, poderão mudar esse cenário. As lavouras, enquanto em algumas regiões do estado ainda estão em formação, em outras já são colhidas.

Outra boa notícia para os gaúchos, segundo Rugeri, é que, além de produzirem um volume maior, obterão um cereal de melhor qualidade.

Os paranaenses semearam 1,1 milhão de hectares com trigo neste ano. A área destinada pelos gaúchos foi de 739 mil.

SALGADOS

Os asiáticos estão pagando caro pela carne suína. O quilo dessa proteína, um produto essencial na alimentação dos consumidores da região, está com alta de até 80% neste ano. China e Vietnã, dois dos países mais afetados pela peste suína africana, têm os maiores aumentos. Dados oficiais do governo chinês indicam quedas de 17% na produção de carne suína e de 29% no rebanho de suínos neste ano. Consultorias privadas, contudo, estimam reduções ainda maiores na produção e no rebanho.

À espera O governo australiano está preocupado com o avanço rápido da peste suína africana pela Ásia. Uma eventual chegada da doença na Oceania colocaria em risco toda a atividade, segundo o Ministério da Agricultura.

Combate O governo das Filipinas também está em busca de um programa de ação. A doença já está no país e a defesa seria para preservar as regiões ainda não afetadas pela peste suína.

Algodão As exportações estão aquecidas neste mês. Com base nos dados das três primeiras semanas, as vendas externas deverão superar 300 mil toneladas, 66% mais do que em outubro de 2018.

Açúcar Já as receitas obtidas com essa commodity recuaram 8% neste mês, em relação ao mesmo período de 2018, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) divulgados nesta segunda-feira (21).

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