Siga a folha

A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

Momento é favorável à exportação de café robusta

Para analista da INTL FCstone, oferta maior e atratividade do produto nacional atraem importadores

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

As exportações brasileiras de café robusta são crescentes, e essa tendência deverá continuar. Em abril, o Brasil exportou 313 mil sacas, e os dados preliminares de maio apontam para um volume ainda maior.

A informação é de Fernando Maximiliano, analista da consultoria INTL FCstone. Há três anos, as vendas externas se restringiam a apenas 27 mil sacas em abril.

Para o analista, esse avanço do café robusta do país no mercado externo se deve a uma oferta maior de produto e a preços nacionais mais competitivos.

As reduzidas exportações de até 2018 ocorriam devido à baixa produção interna, provocada por seca no Espírito Santo e no sul da Bahia.

Naquele período, o mercado interno chegou a pagar ágio de US$ 780 por tonelada de café robusta para manter o produto no mercado interno.

O cenário para o café robusta, porém, ainda tem algumas incertezas, segundo Maximiliano. Oferta e demanda, tanto no mercado interno como no externo, vão dar o rumo para a bebida.

Dentro do Brasil, a curto e médio prazos, a expectativa de oferta é grande. A INTL prevê uma safra de 18 milhões de sacas de café robusta para este ano, enquanto o Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) espera 20 milhões.

Do lado da demanda interna, os dados ainda são difíceis de serem analisados. É quase certo que a queda de consumo fora de casa não será compensada pela maior demanda dentro do lar, segundo o analista.

Além disso, devido ao câmbio e à melhor oferta interna, os preços do mercado nacional estão mais atrativos para os importadores. É um sinal favorável para as exportações.

Do lado externo, é possível que a recessão mundial provoque um movimento dos consumidores para cafés mais baratos, os que têm uma participação maior de café robusta no seu blend. Esse é um sinal positivo para os preços do robusta.

Mas o consumo no lar também poderá não compensar o que está sendo deixado de ser consumido fora de casa.

Um outro fator de incertezas para o mercado externo é a oferta mundial, em princípio estimada em volumes maiores. Brasil e Indonésia começam a colocar o café robusta no mercado nas próximas semanas, e a safra do Vietnã chegará a partir de novembro.

A Indonésia já registra atraso na colheita, devido a chuvas, assim como o Vietnã também poderá ter problemas mais à frente.

O mercado poderá conviver com ampla oferta e incertezas na demanda. Se isso ocorrer, os preços devem cair em Londres, segundo Maximiliano.

Frango A União Europeia reduziu em 15% as importações de carne de frango do Brasil no primeiro trimestre deste ano, em relação a igual período anterior, conforme dados do bloco europeu.

Segundo posto A oferta de carne brasileira somou 58 mil toneladas no período e volta a superar a da Tailândia. Mesmo assim, o Brasil se mantém em segundo lugar porque o Reino Unido, antes incorporado à União Europeia, passou a liderar as exportações para o bloco.

Sem movimento O consumo de fertilizantes deste ano deverá ficar em 36,6 milhões de toneladas, praticamente o mesmo de 2019, segundo a INTL FCStone. Haverá um leve incremento nas aplicações nas lavouras de grãos.

Tereos A segunda maior produtora de açúcar no mundo, com 4,48 milhões de toneladas, teve um lucro líquido de 24 milhões de euros no exercício encerrado em 31 de março.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas