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A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

Produtor europeu cita até posição de Bolsonaro para impedir acordo com Mercosul

Entidades destacam que há muitos elementos negativos no sistema de produção por aqui

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Os produtores europeus voltam suas baterias contra o acordo comercial União Europeia e Mercosul. A lista de reclamações vai de posições do presidente Jair Bolsonaro sobre o meio ambiente a padrões de produção diferentes dos adotados na União Europeia.

Em uma entrevista coletiva, a presidente da Copa, Christiane Lambert, e a vice-presidente da Cogeca, Agnieszka Maliszewska, manifestaram preocupações com a assinatura do acordo. As duas entidades reúnem fazendeiros e produtores ligados a cooperativas.

“Não podemos apoiar esse acordo assim como está. Há muitos elementos negativos sobre métodos de produção de carnes bovina e de aves, etanol e açúcar”, disse Lambert.

O presidente Jair Bolsonaro durante coletiva de imprensa para falar sobre alterações na política do preço de combustíveis, no Palácio do Planalto - Pedro Ladeira - 5.fev.2021/Folhapress

Na avaliação dela, os produtos vindos de fora devem respeitar as normas de produção da União Europeia, que produz um alimento de qualidade.

Ela destaca, ainda, que o acordo não leva em conta os setores mais frágeis de produção do bloco europeu. Cita a importação de 90 mil toneladas de carne bovina em um mercado em que já há carne o suficiente. Para a presidente da Copa, esse volume traria uma pressão sobre os preços.

No caso das aves, o volume aceito é grande demais e representa a produção conjunta da Finlândia, da Suécia e da Dinamarca.

Além disso, a presidente da entidade aponta a utilização, nos países do Mercosul, de inseticidas e herbicidas proibidos na Europa.

Para ela, a Europa desenvolveu estratégias exemplares de meio ambiente e de comércio, e o bloco não pode, depois de tanto esforço, competir com produtores que têm custos bem menores e que produzem em condições bem diferentes.

São posições já conhecidas as dessas entidades europeias, mas indicam o grau de dificuldade que será a implementação desse acordo.

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