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A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

Definição da safra dos EUA ocorre em período seco

Americanos devem exportar menos, mas Brasil supre mercado externo

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O mercado externo de grãos esteve com preços em alta nesta quarta-feira (23). Este é um momento decisivo para a safra dos Estados Unidos, e o clima não está muito favorável.

O clima está quente e seco, sem perspectivas de chuva. Isso é ruim para o período de enchimento de grãos em que se encontra a lavoura de soja.

Tudo isso, porém, já está precificado pelo mercado, diz a analista Daniele Siqueira, da AgRural. A área de plantio foi menor e a safra também será menor.

Já está certo que os Estados Unidos vão produzir menos e exportar menos. O Brasil, no entanto, teve safra recorde neste ano. Deverá produzir bom volume também na safra 2023/24, que terá início nas próximas semanas.

A redução de oferta americana é compensada por uma aceleração da produção brasileira, afirma Daniele. "Não acontecem grandes coisas nesse setor", afirma ela.

O cenário para o milho é um pouco mais delicado para os preços. A safra dos EUA é superior à do ano anterior. Além disso, o Brasil está com safra recorde, que poderá chegar a 130 milhões de toneladas. Os dois países elevam a oferta mundial do cereal.

Lavoura de milho em Nova Mutum (MT) - Fernando Canzian/Folhapress

Quem apostou em uma forte reação dos preços mundiais do milho após o fechamento do corredor de exportação da Ucrânia no mar Negro está vendo uma desaceleração dos preços que não esperava, devido à boa oferta mundial.

No início da segunda quinzena deste mês, os preços do cereal fizeram a menor mínima em Chicago desde setembro do ano passado. Os preços atuais estão inferiores a US$ 5 por bushel (25,4 kg), valor que é refletido no mercado interno.

A entrada do Brasil no período de entressafra da soja e uma reação dos prêmios de exportação, até então negativos nos portos brasileiros, incentivaram a comercialização da oleaginosa. Em julho, foram 16 milhões de toneladas. Neste mês, o ritmo também é bom, mas não tão intenso como o de julho.

No caso do milho, os negócios estão mais devagar, segundo Daniele. Os produtores esperam uma reação maior dos preços nos próximos meses. Além disso, há a necessidade da retirada da soja dos armazéns para a entrada do milho safrinha.

No Brasil, os preços caíram demais, segundo a analista. Atualmente a saca está em R$ 33,50 em Sorriso (MT), mas já esteve em R$ 30. Em Cascavel (PR), os preços recuaram para R$ 50, conforme acompanhamento da AgRural.

Arroz Os estoques do cereal nos Estados Unidos, país importante nas exportações, estão em baixa. Os de arroz em casca são 22% menores do que os de agosto de 2022. Os de arroz beneficiado, recuaram 13% no período.

Campo de arroz em Rio do Oeste (SC) - Eduardo Knapp/Folhapress

Frango O Brasil mantém boa presença na União Europeia. Conforme dados desta quarta-feira (23) da Comissão Europeia, o bloco importou 99,4 mil toneladas de carne de frango do Brasil nos quatro primeiros meses, 19% a mais do que em igual período de 2022.

Frango 2 As importações europeias, na média, aumentaram 14% no período, atingindo 281 mil toneladas.

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