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Projeto prevê reforma dos quiosques de Praia Grande até o próximo verão

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Crédito: Rivaldo Gomes/Folhapress Turistas em quiosque em Praia Grande (SP); modelos construídos nos anos 1990 serão substituídos

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Quem está acostumado com os quiosques da Praia Grande (a 71 km de São Paulo) pode se preparar para uma mudança que deve começar ainda neste ano. O jeitão despojado e "pé na areia" das lanchonetes à beira-mar vai dar lugar a um estilo mais chique depois que a prefeitura concluir licitação para entregar a um concessionário a responsabilidade pelos novos espaços.

A previsão da prefeitura é que parte dos novos quiosques esteja em funcionamento no fim deste ano. Dos atuais 82 imóveis construídos há 20 anos (cada um tem dois quiosques), 32 continuarão como bares e restaurantes, 4 serão de múltiplo uso (para casamentos, aniversários e exposições) e 6 serão espaços para crianças. Todos serão reformados e terão ar sofisticado.

Os demais 40 serão adaptados para receber órgãos municipais ou demolidos para abrir espaço a jardins.

O prefeito Alberto Mourão (PSDB) estima que o lance mínimo para cada quiosque, em média, será de R$ 100 mil. Prevê que a reforma de cada um custe em torno de R$ 500 mil, para se adequar ao padrão definido pela prefeitura. O concessionário será responsável por reformar também os atuais prédios que já servem de base a salva-vidas e à Guarda Civil, entre outros. Em troca, poderá alugar os espaços, explorar carrinhos na areia e publicidade por 20 anos.

Mourão afirma que a situação dos atuais quiosqueiros é irregular e um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado com a Promotoria, em 2008, exige uma licitação. A reforma, com um novo edital, resolveria isso.

Segundo o prefeito, foi estabelecido um modelo que seja rentável para quem assumir o comando e, ao mesmo tempo, bom para a sociedade. A prefeitura deixaria de gastar com a manutenção e ganharia com a taxa de ocupação. "A maioria dos quiosques hoje está degradada, porque eles não são mais viáveis economicamente", diz Mourão. O edital deve sair até o fim do mês.

Já os atuais quiosqueiros são contra a mudança. O medo é que a redução no número de bares e restaurantes gere desemprego.

"Quero continuar aqui na praia, onde estou desde 1993", diz Valdomiro dos Reis, 48, gerente de quiosque com 15 funcionários. Também gerente, Lucas Carneiro, 19, diz ser difícil para os quiosqueiros disputar o edital. "Quem tiver mais dinheiro vai levar tudo", diz. Até os anos 1990, a orla tinha mais de 300 barracos de venda de bebida e comida. A prefeitura construiu os quiosques e entregou a permissionários, mas muitos venderam os pontos.

VISITANTES

A proposta da prefeitura divide a opinião dos atuais frequentadores da Praia Grande. A advogada Patrícia Pegoraro, 31, que é de Joinville (SC) e costuma passar férias na cidade, defende a mudança. "Acredito que tenha que modernizar. Os quiosques atuais são muito sujos, não tem como comer neles", afirma.

Mas há quem já conheça os atuais quiosqueiros há muitos anos e se sinta em casa. "Aqui o ambiente é familiar. Vou me sentir em um shopping se fizerem esse modelo novo. A gente vem de São Paulo para ficar à vontade na praia", diz o engenheiro de software Paulo Alves, 45.

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