Crivella é alvo de críticas ao falar em 'recomposição de museu das cinzas'
Em outra nota, prefeito disse que foi mal interpretado em manifestação
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O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), foi criticado por internautas após publicar nota em uma rede social sobre o incêndio que destruiu o Museu Nacional, na madrugada desta segunda (3). Ele cita o ocorrido como um "trágico incidente" e afirma que "é um dever nacional reconstruí-lo das cinzas".
Crivella também escreveu que um palácio marcante da história foi destruído e que será uma obrigação recompor cada detalhe eternizado em pinturas e fotos, e ainda que não seja o original. "Continuará a ser para sempre a lembrança da família imperial que nos deu a independência, o império, a primeira constituição e a unidade nacional", disse.
A principal crítica à manifestação do prefeito foi em relação a forma simplista como ele tratou o acervo histórico destruído pelas chamas, que tinha mais de 20 milhões de itens catalogados.
"Você inventou uma máquina do tempo, prefeito? Para voltar no tempo e trazer de volta os artefatos únicos?", questionou um internauta.
"Como pretende reconstruir um meteorito? O sr. ao menos tem ideia do que significam essas coisas? Tem ideia do que foi perdido essa noite?", perguntou outro usuário da rede social.
"200 anos de história e de memória não se reconstroem em pinturas fake", afirmou uma seguidora.
Houve também usuários que saíram na defesa de Crivella, dizendo que o prédio era uma dependência federal e que o prefeito não tinha como intervir e realizar melhorias.
A publicação recebeu mais cerca de três mil comentários e foi compartilhada mais de 2,7 mil vezes.
Após a polêmica, o Marcelo Crivella disse que foi mal interpretado e publicou uma nota para justificar sua mensagem sobre o incêndio.
"'Reconstruí-lo das cinzas, recompor cada detalhe eternizado em pinturas e fotos', refere-se ao prédio do Museu Nacional, e não ao acervo, como pode ter sido interpretado equivocadamente por alguns".
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