A Polícia Civil do Rio investiga se a morte do pastor Anderson do Carmo de Souza, marido da deputada federal Flordelis (PSD-RJ), foi encomendada.

A delegacia de homicídios de Niterói e São Gonçalo, responsável pela investigação, apura se uma desavença familiar motivou o crime na madrugada de domingo (16).

O desentendimento entre Anderson e um suspeito teria ocorrido por dinheiro. A polícia praticamente descarta a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte), uma vez que nada foi roubado da casa do casal.

O casal teve 55 filhos, dos quais 51 são adotivos. O governador Wilson Witzel (PSC) declarou a jornalistas que o secretário da Polícia Civil, Marcus Vinicius Braga, o informou que a suspeita da polícia é de que um dos filhos adotivos do casal tenha cometido o crime.

Um deles foi preso no enterro do pastor em São Gonçalo, por ter contra ele um mandado de prisão por violência doméstica. Sua identidade não foi informada, mas a delegada Bárbara Lomba negou que ele seja suspeito da morte do pai.

Segundo a Polícia Civil, 15 tiros foram disparados contra o pastor. O assassinato ocorreu após o casal chegar de uma confraternização por volta de 4h de domingo. A deputada contou à polícia que percebeu que o veículo dirigido por Anderson estava sendo perseguido por duas motos, em Niterói. Imagens de câmeras de segurança da região estão sendo analisadas pela polícia.

Ao entrarem em casa, no bairro de Pendotiba, Anderson retornou à garagem para pegar algo no carro e disparos foram ouvidos. O pastor foi encontrado ferido. A deputada afirmou que Anderson evitou que criminosos invadissem a casa da família. "O que ele tentou foi evitar que abrissem o portão da garagem e entrassem na casa."

Um exame toxicológico foi realizado nos cachorros da família para verificar se eles foram dopados. O resultado deve sair nesta terça.