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Descrição de chapéu Obituário Lilian Aileen Jenny Dávila (1931 - 2019)

Mortes: Dona de memória pródiga, espalhou a fé cristã entre os familiares

A benevolência era uma das qualidades de Lilian Aileen Jenny Dávila

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São Paulo

Leonina, nascida em 29 de julho, Lilian Aileen Jenny Dávila fazia jus às características do signo. Podia ser dominadora, controladora, mas também muito benevolente e carinhosa com a família.

Aileen, como era chamada, nasceu em Belém (PA), mas morou em vários lugares. Entre eles, em Chosica, Peru; em São Paulo e em Santos (SP); em Worcester, Massachusetts; Los Angeles, Califórnia; e Lake Havasu, Arizona —essas três, nos Estados Unidos.

Por ser a irmã mais velha de Humberto, Hernan e Janet (1939-2016), sentia-se na obrigação de cuidar deles e de incutir em suas almas a fé católica, religião que a acolheu.

Lilian Aileen Jenny Dávila - Arquivo pessoal

Quando moça, um desgosto a levou a procurar a igreja do colégio Santa Cruz, em São Paulo, para se consolar e se orientar. Segundo seu irmão Humberto, “a turminha da igreja pensou ter ganho uma freira e a enviou para o College of the Holy Cross, nos EUA”.

Aillen pediu para sair da escola depois de ter conhecido John Rathbun, com quem se casou, em 1973, e morou, por 27 anos, nos Estados Unidos. 

“Até o marido morrer, ela o esperava voltar do trabalho, todos os dias, com tudo arrumadinho, a poltrona, o drinque, o cachimbo, o jornal ao lado e os chinelos prontos”, conta Humberto.

Em 2000, voltou para o Brasil e foi morar em Santos para cuidar da mãe, dona Jenny (1901-2005). À frente do apartamento, exigia que as visitas fossem sempre servidas como se fossem reis ou rainhas, segundo sua sobrinha Jenny, filha de Humberto.

Em 2016 sofreu um AVC que a deixou sem mobilidade, na cama. Mas manteve a memória invejável, pois não esquecia datas de aniversários, dias e horários de compromissos. 

Para qualquer problema, rezava uma missa e um terço, entre os capítulos de novelas, jogos de futebol e programas de gincanas que adorava assistir.

Vaidosa, quando passou mal, antes de ir para o hospital onde morreria um dia depois, pediu à sobrinha que escolhesse uma roupa bonita, lhe desse a dentadura, o espelhinho e o boné que escondia os cabelos brancos ou se recusaria a entrar na ambulância.

Aileen, que morreu de parada cardiorrespiratória na sexta-feira (18), não foi mãe, mas deixou oito sobrinhos, seis sobrinhos-netos e dois irmãos, considerando todos como filhos.

A missa de sétimo dia será nesta quinta (24), às 17h, na paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia (praça Benedito Calixto, 1, Santos).

coluna.obituario@grupofolha.com.br
 
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