Casal é preso sob suspeita de matar criança de 3 anos na zona leste de SP
Mãe e padrasto estão presos temporariamente; menina estava internada desde o dia 5 após suposto espancamento
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A mãe e o padrasto de uma menina de três anos foram presos nesta quarta-feira (20) sob a suspeita de terem espancado a criança até a morte, após uma série de maus-tratos, em Itaquera, zona leste da capital paulista. A avó da criança também é investigada por negligência.
Segundo o boletim da Polícia Civil que relata a ocorrência, Micaelly Luiza de Souza Santos foi internada pela primeira vez em 5 de novembro deste ano no Hospital Tide Setúbal, em São Miguel Paulista (zona leste). No mesmo dia, os policiais foram acionados pela equipe médica que detectaram “claros sinais de maus-tratos” na menina.
A mãe da vítima, Isadora Pereira de Souza, 20, foi chamada ao 22º DP (São Miguel Paulista) para dar explicações, mas ela negou "veementemente" ter havido maus-tratos. O padrasto, Ewerton Queiroz Laurenço, 30, também foi convocado a comparecer ao local, mas não atendeu ao chamado.
Por falta de comprovação de ter havido realmente as agressões físicas, já que o exame pericial não foi conclusivo e são aguardados exames complementares, os policiais não solicitaram a prisão do casal, mas conseguiram que a guarda da criança fosse transferida para uma avó.
Mically ficou internada até esta segunda (18).
No dia seguinte, porém, ela foi levada mais uma vez ao hospital Planalto, em Itaquera, com novos sinais de agressão, mas já chegou sem vida e com possíveis marcas de violência sexual.
A mãe da menina alegou aos policiais que levou a filha ao atendimento médico porque ela estava com febre, dor e vomitava. Na ocasião, Isadora, a mãe, voltou a negar os maus-tratos à equipe médica.
O casal foi levado então ao distrito policial para prestar novas explicações. Nos depoimentos, eles não convenceram os policiais, que solicitaram a prisão temporária da dupla à Justiça.
A juíza Celina Maria Macedo Stern concordou com o pedido e decretou a prisão do casal por um período de 30 dias. O padrasto foi levado para a carceragem do 2º DP (Bom Retiro), e a mãe da criança, ao 89º DP (Portal do Morumbi).
A Folha procurou, mas não conseguiu contato com a defesa dos suspeitos.
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