O empresário Petrus Wilhelmus Jozef Schoenmaker, conhecido como Piet Schoenmaker, nasceu na Holanda durante a 2ª Guerra Mundial. Aos 15 anos, mudou-se para Holambra (a 133 km de SP).

Ganhou a vida trabalhando com a família na roça. Todo o dinheiro que ganhava era investido no próprio sítio. 

O início da sua trajetória em terras brasileiras coincidiu com o plantio das primeiras flores na cidade. 

A beleza das flores de Holambra só ressaltou seu talento para a música e para a dança. Graças a Piet, o grupo de dança de Holambra reúne coreografias folclóricas da Holanda com integrantes de várias faixas etárias.

As apresentações acontecem durante a Expoflora, exposição de flores e plantas ornamentais da América Latina que acontece entre agosto e setembro.

"Seu dom sempre foi a dança. Ele dançou até um mês antes de morrer. Através dela, ele esquecia dos problemas e se transformava. A vida de Piet foi um aprendizado. Ter nascido durante a guerra teve efeito sobre ele", afirma o irmão, o empresário Kees Schoenmaker, 76.

Apesar dos problemas enfrentados durante a luta contra o câncer, Piet era considerado alegre e comunicativo.

Sua simpatia, seus hábitos simples e sua risada inesquecível o transformaram em um símbolo da Expoflora e em "embaixador" de Holambra.

Quem passa pela entrada da cidade se depara com uma estátua em sua homenagem. "O Piet viveu seu ideal. Cativante como ele era, colocou a dança a serviço da felicidade das pessoas", diz Kees.

Piet Schoenmaker morreu dia 11 de janeiro, aos 75 anos, de câncer. Deixa a esposa, cinco filhos e dez netos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br
 
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