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Descrição de chapéu Obituário Rafael Depieri Corrêa Rodrigues (1985 - 2020)

Mortes: Enfrentou a vida com a mesma coragem que o mar

Por um período, Rafael Depieri Corrêa Rodrigues deixou o Brasil para ser protagonista da própria vida em Portugal; ele amava o surfe

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São Paulo

Não só pelos cabelos loiros e olhos azuis Rafael Depieri Corrêa Rodrigues era comparado a um anjo.

Otimista e sonhador, seus pés pouco tocavam o chão da realidade. Rafael flutuou na estrada da vida.

Nascido em Santos (72 km de SP), amou o mar desde criança. Na infância, a escola era o último lugar em que gostava de estar. A mãe, a aposentada Roseli Pontes Corrêa Rodrigues, 62, fora muitas vezes convocada pelo colégio para conversar com as professoras.

Rafael Depieri Corrêa Rodrigues (1985-2020) - Arquivo pessoal

Rafael tinha a felicidade como combustível. Um ímã de atrair pessoas, vivia rodeado de amigos. Gostava de jogar futebol e de surfar, esporte que aprendeu sozinho.

Com a irmã, a relação foi de amor, cumplicidade e proteção. Quando a advogada Fernanda Depieri Corrêa Rodrigues Pimenta, 32, dividiu com a família o diagnóstico de câncer de mama, Rafael encheu o seu coração de boas palavras e coragem. “Você vai ficar bem, vai melhorar”, dizia.

“Ele tinha muita fé em Deus e sempre procurava algo bom nos acontecimentos ruins. Estava disposto a ajudar”, diz Fernanda.

Mesmo sem disposição para estudar, cursou administração de empresas.

Em 2018, Rafael se mudou para Portugal. Queria trabalhar e ser protagonista da própria vida. Levou a família no coração. Como forma de simbolizar o sentimento, tinha o sobrenome Depieri e a palavra família tatuados no corpo.

Amadureceu e passou a cuidar melhor da saúde. Incorporou o hábito de comer saladas na rotina das refeições dos seus familiares portugueses e de amigos.

Estava feliz com a nova fase. Em março deste ano, retornou ao Brasil para ajudar a irmã e ficar perto da avó Dolores da Conceição Maria Pontes Corrêa, 88, que tanto amava.

Rafael Depieri Corrêa Rodrigues morreu dia 26 de abril, aos 34 anos. A causa da morte não foi divulgada pela família. Solteiro, deixa os pais, a avó, uma irmã e o cunhado.

Para o pai, o comerciante Manoel Fernando Rodrigues, 63, Rafael deixou marcada a importância de viver intensamente.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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