Empresário acusa prefeitura de Manaus de se apropriar de equipamentos de hospital
Em vídeo, administrador da unidade de campanha aparece ao lado de oficial do Exército e diz que material deveria ir para RR
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Administrador e um dos financiadores privados do hospital municipal de campanha de Manaus, o empresário Luís Alberto Nicolau gravou um vídeo ao lado de um oficial do Exército no qual acusa o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), de se apropriar dos seus equipamentos e de se beneficiar politicamente da sua iniciativa.
Segundo Nicolau, que é presidente do Grupo Samel, do ramo de assistência médica, a administração municipal impediu que os equipamentos fossem levados para o hospital de campanha da Operação Acolhida, em Boa Vista (RR), gerida pelo Exército para a recepção de imigrantes venezuelanos.
O hospital municipal de campanha de Manaus foi inaugurado há dois meses, dentro de uma escola municipal. Com o arrefecimento da pandemia na capital amazonense, Virgílio Neto anunciou no domingo (14) que a unidade fecharia as portas.
“A prefeitura nunca mexeu uma palha, agora está mexendo pra atrapalhar, pra criar confusão. Isso é um absurdo. A Samel repudia esse comportamento da prefeitura, de não deixar que nós possamos salvar vidas de irmãos roraimenses. Estão arranjando entraves burocráticos para doar o que não é deles”, afirmou Nicolau, em vídeo gravado diante do hospital nesta quarta-feira (17).
“Aqui não tem dinheiro público, não. E vocês estarem agora negando que a gente possa ajudar no momento de maior urgência é um absurdo”, afirmou. “O secretário, o primeiro escalão nunca entraram em uma UTI. Se eu soltá-los aqui, vão se perder.”
Ao lado dele, aparece um coronel do Exército, identificado como Brum. Ao final do vídeo, aparecem militares carregando caixas de insumos médicos pelos corredores do hospital.
Em nota, a Prefeitura de Manaus disse que foi pega de surpresa pela ação do empresário e do Exército.
“Submetido ao princípio da legalidade, o município repudia a ação, vez que a saída de qualquer equipamento, de qualquer órgão público, está necessariamente vinculada a procedimentos administrativos, por meio de ofício, requisição ou algum expediente solicitando esse material. Isso não ocorreu.”
“É preciso ressaltar que muitos dos equipamentos instalados no hospital de campanha municipal são oriundos de benefícios concedidos por decisão da Justiça Federal, como o tomógrafo doado a Manaus pelo Instituto Transire, por sua obrigação de investir em pesquisa e desenvolvimento, através da Superintendência da Zona Franca de Manaus”, diz a nota.
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