Mortes: Pai com traços de mãe, deu o melhor da vida aos filhos
Justo Allegretti Filho foi um homem protetor, amoroso, zeloso, cuidador e atencioso
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O nome que carrega a justiça e a disposição para ajudar as pessoas fez com que o paulistano Justo Allegretti Filho ganhasse popularidade no trabalho, na unidade do Poupatempo dentro do Shopping Internacional de Guarulhos (Grande SP).
O amor que recebeu da família materna amenizou as dificuldades enfrentadas com o pai e também as financeiras.
Justo fez dos limões uma bela limonada. Extraiu da sua infância os bons sentimentos e os guardou para quando tivesse uma família.
A primeira vez que viu aquela que seria sua esposa no futuro, a consultora de vendas Sandra Viviane Rodrigues Allegretti, hoje com 50 anos, foi em frente ao Cemitério São João Batista, em Guarulhos, no ano de 1985. Por ironia do destino, o mesmo que seria enterrado 35 anos depois.
Acompanhada de uma tia, Sandra voltava a pé de um baile quando foi cercada por quatro homens na porta do cemitério. Justo passava de carro pelo local e ofereceu carona às duas.
Foi o início da paquera, que virou namoro quatro dias após o ocorrido. Um bilhete enviado por Sandra a Justo para agradecer a carona selou o desejo de ficarem juntos. O casamento ocorreu em 1987.
Em algumas ocasiões, Justo disse à Sandra que se despediriam no mesmo local onde se conheceram: no cemitério.
Justo despertou nos filhos Lucas, Pedro e Leo o desejo de seguirem seu exemplo de homem, marido e pai.
“Ele tinha alma feminina. Era um pai com traços de mãe. Ajudou a cuidar dos filhos. Homem protetor, amoroso, zeloso, cuidador e atencioso. Muito querido por todos”, afirma Sandra.
Além de ficar perto da família, queria da vida a oportunidade de vivê-la. Justo gostava de acampar, de plantas e do mar. Era fã de Lulu Santos e Cazuza, além de torcedor fervoroso do Palmeiras.
Justo Allegretti Filho morreu dia 4 de julho, aos 58 anos, de um câncer raro no pulmão. Deixa esposa, três filhos, a mãe e sete irmãos.
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