Mortes: Uniu Portugal ao Brasil com humor, irreverência e leveza
A marca de José Alberto Braga era o humor inteligente
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Uma característica da personalidade de José Alberto Braga que marcou familiares, amigos e fãs de seu trabalho foi o humor irretocável e inteligente.
Para o sobrinho, o comerciante Miguel Braga, 49, era uma forma de levar a vida a sério, com leveza e sem dramas.
José Alberto Braga estava aposentado do jornalismo, mas sua relevância no ofício foi proporcional à distância entre os países que amava na mesma frequência —Portugal e Brasil.
Nascido em Portugal, mudou-se aos 15 anos para o Brasil como trabalhador agrícola, atividade que nunca exerceu.
Escolheu viver no Rio de Janeiro e, até migrar para a imprensa, trabalhou em farmácia, foi office-boy, bancário e bibliotecário.
Nos anos 1960 e 1970, fez algumas investidas em teatro, como autor e ator. Chegou a contracenar com Mário Lago.
Em terras brasileiras, passou por jornais portugueses; colaborou ainda no suplemento Ideias, do Jornal do Brasil, na Tribuna da Imprensa e na revista Vozes. Foi redator do programa Portugal sem Passaporte, exibido na extinta TV Tupi e na TV Bandeirantes.
Formou-se em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense no ano de 1974. A convite de Millôr Fernandes, tornou-se redator de O Pasquim, entre 1978 e 1979, assinando à época sob o pseudônimo de JAAB. Também trabalhou em diversos programas de rádio no Rio de Janeiro.
O posto de correspondente do Jornal do Commercio do Rio de Janeiro —do qual foi colunista por dez anos —o levaria de volta a Lisboa, em 1982.
Ao longo de duas décadas, foi colaborador dos jornais Diário de Notícias, Público, Jornal de Letras e do TV Guia, em Lisboa.
Também na TV portuguesa teve seu lugar, como comentarista. Além disso, presidiu a Associação de Imprensa Estrangeira em Portugal (1987-1989) e foi vice-presidente da Casa do Brasil em Lisboa (1993-1994).
José também trabalhou na construção da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e elaborou a publicação Guia Brasil.
Foi criador e diretor da revista Lusofonia (1997) e diretor e orientador editorial da Editora Mensagem (Lisboa), de 2000 a 2005.
No regresso ao Rio de Janeiro, em 2006, retomou suas atividades no Jornal do Commercio.
Escreveu 3 peças teatrais e 14 livros, entre eles as biografias “Os Olhos da Alma – A Vida de Manuel Madruga” e “José Aparecido – O Homem que Cravou uma Lança na Lua”, ambas lançadas em 1999 pela Trinova, de Lisboa.
No futebol, outra paixão, seu coração era do Benfica. O jornalista morreu no dia 30 de setembro, aos 76 anos, de pneumonia.
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