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Descrição de chapéu Obituário Jair Malavazzi (1942 - 2021)

Mortes: Trabalhou ao lado do jornalista Samuel Wainer

Jair Malavazzi foi fotógrafo, era boêmio e emotivo

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São Paulo

Familiares de Jair Américo Malavazzi estranharam quando ele preferiu ficar na cama em vez de ir para a rua trabalhar, tirando fotos, ou procurar um balcão de bar para bebericar algum drinque e prosear com amigos em Guarulhos. A leucemia, diagnosticada em 2014, e um câncer no pulmão causaram sua morte.

Nascido na capital paulista, em 20 de abril de 1942, o fotógrafo trabalhou no fim da década de 1960 ao lado do lendário jornalista e empresário Samuel Wainer (1910-1980), fundador do jornal Última Hora, fechado definitivamente em 1991.

O fotógrafo Jair Malavazi - Reprodução

Depois, Malavazzi passou por diversas redações, entre elas do extinto Diário Popular e também dos jornais guarulhenses Olho Vivo e Folha Metropolitana, este último ainda publicado na cidade da Grande SP, onde viveu mais da metade de sua vida.

“Meu pai era uma pessoa muito ativa, sempre procurando alguma coisa para fazer”, relembra sua filha adotiva Aline de Fátima Soares, 23 anos. Sobrinha do fotógrafo, ela passou a viver com Malavazzi aos dois anos de idade, pois sua mãe não tinha condições à época de cuidar dela.

Criado à moda antiga, com rigidez, Malavazzi desconstruiu essa carapaça, mostrando ser carinhoso, chorão. Conheceu a segunda esposa, Iraci Soares, 66, em 18 de setembro de 1987. “Nos beijamos nesta mesma noite. Eu soube quando bati o olho nele que estava diante do amor da minha vida”, relembra a mulher.

O fotógrafo Alexandre de Paulo conheceu Malavazzi, de quem também foi chefe, em uma tarde de domingo da década de 1990, durante uma apresentação de pilotos profissionais em Guarulhos.

“No dia seguinte, havia uma foto fantástica na capa da Folha Metropolitana. Ali eu disse pra mim mesmo: ‘um dia quero ser como esse cara’”.

Em setembro do ano passado, as fraquezas e febres voltaram, assim como o diagnóstico de leucemia. Durante o tratamento, Malavazzi não deixou de beber e fumar entre 20 e 30 cigarros diários.

O fotógrafo se manteve lúcido até o dia 16, quando se despediu da esposa, pressentindo a morte. Depois, foi sedado, para não sentir dores nem falta de ar.

Malavazzi morreu aos 78 anos, às 8h do último dia 19, deixando esposa, três filhas, quatro netos e um bisneto.

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