Siga a folha

PM me disse que até mesmo vereadora poderia ter ilícito na bolsa, diz parlamentar negra revistada

Política do PSOL foi abordada em protesto contra tarifa para idosos e vê seletividade racial na ação

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

A vereadora paulistana Luana Alves (PSOL) afirma ter sido revistada por policiais nesta quarta-feira (3) durante um protesto contra o fim da gratuidade para idosos entre 60 e 64 anos no transporte público de São Paulo.

O ato, que tem entre os organizadores o MPL (Movimento Passe Livre), acontece no começo da noite desta quarta em frente à Prefeitura de São Paulo.

Negra, Luana afirma ter sentido seletividade racial na ação dos policiais, que não estariam revistando pessoas brancas próximas. "É um ato superpacífico. Falei que era vereadora. E me falaram que mesmo uma vereadora poderia ter algo ilícito na bolsa", relata.

Luana foi eleita pela primeira vez nesta legislatura e é a líder do PSOL na Câmara. Segundo ela, toda a sua equipe, formada por pessoas negras, passou pela mesma situação. "No geral foram bastante brutos".

A reportagem procurou a Polícia Militar no começo da noite e, assim que a corporação se manifestar sobre o assunto, incluirá posicionamento da corporação nesta reportagem.

Luana Alves durante posse do prefeito Bruno Covas (PSDB), na Câmara, em janeiro - Zanone Fraissat/Folhapress

A Polícia Militar diz que acompanhou o ato e que montou pontos de bloqueio e fiscalização ao longo da região "a fim de garantir a segurança de todos, participantes ou não da manifestação".

Segundo a instituição, mediadores também participaram do policiamento a fim de evitar a depredação do patrimônio público e atos de violência.

A PM afirmou ainda que "duas mulheres que investiram contra os policiais foram detidas por desacato e resistência e encaminhadas ao 2º Distrito Policial, onde a ocorrência será registrada".

"A instituição ressalta que a Corregedoria está à disposição para registrar e apurar toda e qualquer denúncia ou queixa contra seus agentes", declarou.

TARIFA

Em uma ação conjunta, a Prefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), e o governo do estado, gestão João Doria (PSDB), anunciaram em dezembro o fim da gratuidade no transporte coletivo municipal e intermunicipal para idosos entre 60 e 64 anos.

O benefício continua valendo para quem tem mais de 65 anos, como está previsto no Estatuto do Idoso.
A gratuidade no transporte para pessoas com 60 anos ou mais começou a valer na capital e no estado em 2013, após vários protestos contra o aumento da tarifa. As leis que garantiam o benefício foram sancionadas pelo então prefeito Fernando Haddad (PT) e o então governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas