Mortes: Padre e nigeriano, amava o sacerdócio e o Flamengo
Godwin era transplantado de rim, contraiu Covid-19 e morreu durante uma cirurgia
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O amor do padre Godwin pelo Flamengo tinha potencial para causar inveja a qualquer carioca torcedor do time, segundo o amigo Wemerson de Araujo Fonseca, ex-padre da diocese de Uruaçu (GO).
Godwin nasceu na Nigéria, filho de Godwin e de Serah Uchego.
Ele e Wemerson se conheceram em 1998, no mosteiro de Santa Cruz, em Anápolis (GO). Os dois cursaram algumas disciplinas da faculdade de filosofia juntos e, depois, se reencontraram na Arquidiocese de Brasília, período no qual foram colegas no curso de teologia.
“Eu deixei o sacerdócio, mas o padre Godwin sempre foi muito amigo e acolhedor e nunca fez diferença pela minha escolha”, conta Wemerson.
Era fácil identificar Godwin. Alegre, de sorriso alto e contagiante, nas cerimônias festivas e fora dos compromissos da igreja vestia-se com roupas africanas coloridas e extravagantes. “De fé inabalável, ele amou o sacerdócio, a religião e Jesus Cristo”, afirma o amigo.
Godwin foi ordenado em dezembro de 2004, na Arquidiocese de Brasília. Foi padre nas paróquias São Judas Tadeu, Nossa Senhora do Rosário e Nossa Senhora Aparecida. Atualmente, era vigário na Paróquia Sagrado Coração de Jesus e Maria.
Ele também dirigiu a Faculdade de Teologia da Arquidiocese de Brasília, onde lecionou e coordenou a pós-graduação, e ainda presidiu a Aesta (Associação de Estudos Superiores São Tomás Aquino).
A última missa que celebrou foi no Dia dos Pais e logo depois adoeceu. O sacerdote estava internado desde agosto no Hospital Daher para tratamento contra e Covid-19 e problemas renais —quando jovem, ele foi submetido a um transplante de rim, que foi doado pelo irmão e Covid-19.
Godwin morreu dia 6 de Setembro, aos 51 anos, durante uma cirurgia cardiovascular, de acordo com a Arquidiocese de Brasília.
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