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São Paulo aplica dose de reforço da Pfizer em quem tomou Janssen

Embora as filas nas unidades não fossem tão grandes nesta terça (30), o movimento foi contínuo

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São Paulo

As pessoas que tomaram a vacina de dose única da Janssen na cidade de São Paulo foram aos postos da capital paulista nesta terça-feira (30) atrás da dose de reforço da Pfizera medida foi anunciada pela prefeitura na segunda (29).

A decisão de autorizar o reforço da Pfizer segue orientações de um documento do governo estadual, que já havia permitido essa ação em caso de falta da Janssen.

A Folha visitou duas UBSs na região central da cidade nesta terça. Nenhuma das unidades registrou grandes filas, mas ambas mostraram um movimento contínuo.

Pessoas fazem fila na UBS Nossa Senhora do Brasil Doutor Armando D'Arienzo, no Bela Vista (região central de São Paulo), nesta terça-feira (30) - Alexandre Aquino/Folhapress

O procurador Artur Barbosa, 41, tomou a Janssen no início de julho e, neste terça, foi até a UBS Nossa Senhora do Brasil Doutor Armando D'Arienzo, na Bela Vista, para receber um novo imunizante.

"Fiquei sabendo ontem que iam dar o reforço. Mas a gente sempre fica em dúvida se a unidade que a gente vai procurar tem a vacina, não sabia direito onde procurar, mas resolvi arriscar onde tomei a primeira vez", disse. "A vacina que tiver eu tomo", seguiu.

Favorável as vacinas a professora Flávia Fontes, 41, também comemorou a dose adicional. "Sou da década de 1980, minha geração cresceu sendo vacinada", afirmou. "Se a vacina tivesse vindo antes para o Brasil, eu não teria perdido minha tia", conta. Segundo ela, a tia, então com 89 anos, morreu em novembro do ano passado após ter contraído Covid-19 de um cuidador.

Na UBS Humaitá, também na Bela Vista, a procura pela dose adicional era ainda maior entre aqueles que haviam tomado Janssen. No local, havia muita reclamação sobre o desencontro de informações.

"Primeiro falaram que quem tomasse a Janssen tomaria uma dose única, depois começaram a dizer que as pessoas teriam que tomar uma segunda dose da mesma vacina e, no final, estamos tomando reforço com uma outra vacina. A gente fica confuso com tanta informação desencontrada. Para variar é sempre essa bagunça", disse o corretor de seguros, Marco Aurélio Rubio Teixeira, 46.

A reclamação de Teixeira se refere a informação dada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no último dia 16, quando chegou a anunciar que uma segunda dose da Janssen deveria ser aplicada dois meses após a primeira na população adulta.

Segundo o Ministério da Saúde, a dose de reforço deveria ser usada após cinco meses do esquema primário completo. Recentemente, o órgão federal acenou com a possibilidade de recuar na decisão de aplicar uma segunda dose da vacina da Janssen como parte do esquema primário. A pasta deve adotar apenas a dose de reforço para quem tomou o produto contra a Covid.

A vacina da Janssen é a única aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em dose única. As vacinas da Pfizer, Coronavac e AstraZeneca precisam de duas doses para o esquema primário completo.

"Quero ser vacinado não importa qual vacina, vamos acreditar na ciência", continuou Teixeira. "O importante é se imunizar", reforçou Johnny Nastri, 37, produtor de conteúdo, que também estava na fila atrás da dose adicional (reforço).

Já a dona de casa, Ana Célia, 46, que mora junto com o marido e dois filhos, aguardava a sua vez e não escondia a vontade de receber o mesmo imunizante que tomou da primeira vez. "Se tivesse Janssen, eu preferia tomar ela de novo", afirmou. "Mas disseram que vai ser da Pfizer, então, a gente tem que confiar, não é? A gente confia desconfiando".

De acordo com números divulgados pela Prefeitura de São Paulo, mais de 300 mil pessoas receberam a dose única da Janssen na capital.

Nesta terça, o município informou que aplicou o reforço da Pfizer em 16.463 pessoas que tinham recebido o imunizante da Janssen.

A campanha de vacinação contra a Covid-19 continua na cidade. Os representantes da Saúde do município anunciaram que não é mais preciso apresentar um comprovante de residência para se vacinar em um dos postos da rede municipal de saúde. Antes, a medida era exigida como uma forma de evitar que moradores de outros municípios viessem aos postos da capital paulista.

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